Durante entrevista à Rádio CBN Campo Grande, o juiz da 2° vara de execuções penais de Campo Grande, Albino Coimbra Neto destacou a disparidade da situação prisional em MS, segundo ele o problema envolve uma série de situações estruturais e a superlotação é uma delas, “Quanto mais se prende, mais se vive um cenário de violência”, afirmou.
O juiz classificou a situação prisional do Estado como complexa e comparou ainda com outros lugares. “Falar da situação prisional de MS é complexo, de fato o problema envolve uma série de situações estruturais, a superlotação é um problema nacional, resultado de décadas de descaso, isso impacta na vida de todos nós porque é a partir da situação prisional que a violência urbana aumenta. Em muitos estados, presídios tem como autoridade facção criminosa.”
Conforme explicou Neto, a inspeção ordinária do Conselho Nacional de Justiça visa fazer um raio-x de todos os tribunais do Brasil e devido a grandiosidade de alguns tribunais é necessário que haja essa mão de obra colaborativa, por isso o destaque de alguns juízes e tribunais.
“O objetivo das inspeções ordinárias é a verificação administrativa de cada tribunal, verificação de deficiências estruturais de cada tribunal e dar também a constatação se os tribunais estão implementando ações para alcançar as metas nacionais estabelecidas pelo próprio CNJ, são várias e isso tudo é verificado localmente”, explica.
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