Os quatro réus do segundo julgamento da Operação Omertá foram condenados na madrugada desta quinta-feira (19). A ação é sobre a execução de Marcel Colombo, conhecido como "Playboy da Mansão". O empresário foi morto a tiros, em 2018, em um restaurante de Campo Grande. A sentença foi anunciada quase duas da manhã, de hoje.
Cada um dos réus recebeu a sentença conforme sua participação no crime. Jamil Name Filho – considerado o mandante do crime – foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e de maneira a dificultar a defesa da vítima em regime fechado.
Marcelo Rios, apontado como responsável por planejar e contratar pistoleiros para executar Marcel, foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado.
Everaldo Monteiro de Assis, foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado e a perda do cargo de policial federal. Ele ainda pode recorrer da sentença em liberdade.
Rafael Antunes, foi condenado a dois anos e seis meses em regime aberto por ocultação de arma de fogo.
Logo depois da sentença, o presidente do Tribunal do Júri – o juiz Aluízio Pereira dos Santos – falou sobre os últimos dias de trabalho.
"É uma página virada aqui. Essa Operação Omertá, de forma que os processos afetos a mim estão encerrados, não tem mais nada a ser julgado, com a condenação dos referidos acusados […] resultado foi bom, sim, a resposta foi boa, que os jurados deram. Aí, obviamente, a fixação da pena fica à carga do juiz e tem um critério objetivo, conforme a participação, a motivação do crime, quer dizer, teve o crime, mas teve o motivo também. É diferente do caso daquele jovem, o Matheus, que morreu no lugar de outra pessoa, não havia ali um motivo. Foi um fuzil aqui. Então, esse crime foi um pouco diferente. Mas a importância é que a sociedade dê uma resposta e uma condenação boa", explicou o juiz.
O caso Matheus, é uma referência ao primeiro julgamento da Operação Omertá, em julho de 2023, sobre o assassinato do estudante de direito, Matheus Xavier, executado em abril de 2019. O rapaz foi morto em frente de casa, ao ser confundido com o pai, considerado alvo da emboscada.
Esse caso é considerado de grande repercussão no estado devido ao fato de que a Operação Omertá foi deflagada pelo Ministério Publico Estadual para apurar crimes de organização criminosa e formação de milícia, extorsão, posse e porte ilegal de armas, jogos de azar e outros conexos a essas atividades ilícitas.