Hoje, 7 de abril é o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à violência nas escolas e foi destaque no programa “Microfone Aberto” da Massa FM 93.7 nesta segunda-feira.
No quadro “Saúde é Massa”, o psicólogo Luciano Coppini trouxe reflexões sobre como o bullying afeta crianças e adolescentes, deixando sequelas na saúde mental que podem persistir por toda a vida se não forem tratadas.
Bullying: Um Problema antigo com novas faces
Durante a entrevista, Coppini explicou que o bullying, termo derivado de “bully” (valentão), evoluiu ao longo do tempo.
“Antigamente, era o valentão roubando o lanche na escola. Hoje, no Brasil, vemos mais a ‘tirada de sarro’, apelidos e críticas a características físicas”, disse.
Ele destacou que, embora comum na infância e adolescência, o impacto depende de como a vítima lida com a situação.
“Eu sofri bullying aos 12 anos, mas aos 15 aprendi a virar o jogo”, compartilhou, lembrando sua experiência pessoal.
Sinais psicológicos e o “Lado Sombra”
Para os pais, identificar o bullying pode ser desafiador. Coppini apontou sinais como introspecção, agressividade e baixa autoestima como alertas.
“Na adolescência, o ‘lado sombra’ se forma – a fase em que o jovem se sente o pior de todos. Uma crítica pode virar um trauma se a autoestima estiver fragilizada”, explicou.
Ele usou o exemplo da hipnoterapia para ilustrar como sugestões negativas, como “seu cabelo é feio”, podem se fixar na mente de uma criança insegura, gerando autocrítica severa.
Do Bullying ao Cyberbullying: Um novo desafio
O psicólogo também alertou sobre o cyberbullying, uma forma moderna de violência social.
“Exposições de fotos, fake news e humilhações online castigam o jovem socialmente”, afirmou.
Ele citou o seriado “Adolescência” como exemplo de narrativas que mostram os extremos do problema, como casos de violência escolar nos EUA ligados a traumas de bullying.
Prevenção: O papel de pais, escolas e eociedade
Coppini enfatizou que a prevenção exige diálogo aberto.
“Pais e professores devem observar interações, promover atividades em grupo e ensinar resiliência”, sugeriu.
Ele destacou que, embora os pais não possam evitar todas as situações difíceis, podem preparar os filhos para transformá-las em aprendizado.
“Se seu filho recebe um limão, ensine-o a fazer limonada”, brincou, reforçando a importância de psicólogos nesse processo.