Quatro recém-nascidos entubados e mantidos em salas improvisadas aguardavam até a tarde de ontem (17) vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap), em Campo Grande.
Na segunda-feira, dois bebês com menos de 2 anos de idade, para desespero de seus pais, eram mantidos em regime de “internação” em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) à espera de vagas em hospitais.
Problema crônico no município, o reduzido número de leitos infantis e de UTI neonatal na rede hospitalar conveniada é um dos mais cruéis reflexos da incapacidade dos gestores públicos municipais de promover o equilíbrio entre a demanda e a oferta de serviços em Saúde.
E essa situação não é de hoje. Ela se arrasta desde o final da gestão Nelsinho Trad, estendendo-se na administração de Alcides Bernal e Gilmar Olarte, tendo seu ápice no período Marquinhos Trad/Adriane Lopes.
Agora, o problema se agrava mais ainda, tendo em vista o caos financeiro e administrativo da prefeitura, o que derruba a ilusão propagada pela prefeita Adriane Lopes de que sua gestão investe 27,5% do orçamento do município na Saúde.
Caso fosse verdade, não estariam em falta nas unidades de Saúde medicamentos básicos como dipirona e antibióticos. Não estariam faltando, também, leitos infantis e UTIs neonatais.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que haja 3 leitos para cada grupo de 1.000 habitantes.
Conforme anunciado em audiência pública nesta semana na Câmara Municipal, Campo Grande tem a metade disso, ou seja, 1,5 leito para cada 1.000 habitantes.
Confira na íntegra: