O Governo Federal ainda não decidiu se voltará a adotar o horário de verão em 2023. O Ministério de Minas e Energia (MME) afirma que está conduzindo análises sobre a pertinência ou não da medida.
Até 2019, o horário de verão começava em outubro, com adiantamento dos relógios em uma hora, e terminava em fevereiro, com o atraso de uma hora. O objetivo era aproveitar o maior período de luz natural durante a época mais quente do ano, entre a primavera e o verão, para reduzir o consumo de energia elétrica no horário de pico.
No entanto, o governo suspendeu a medida em 2019, alegando que a economia de energia obtida com o horário de verão havia diminuído nos últimos anos.
O MME afirma que, com o crescimento da micro e minigeração distribuída, o período de pico de consumo de energia voltou a ser a noite. Isso poderia ser reduzido com a adoção do horário de verão.
No entanto, o ministério também avalia outros efeitos da mudança, como o aumento de consumo em determinados horários do dia e as condições energéticas do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Após a eleição do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a fazer uma enquete nas redes sociais sobre a volta do horário de verão. A maioria das pessoas que participaram era a favor.
Histórico
O horário de verão foi instituído no Brasil em 1931 pelo então presidente Getúlio Vargas. Em 2008, foi adotado em caráter permanente, mas foi suspenso em 2019.
A Alemanha foi o primeiro país a adotar o horário de verão, em 1916. Atualmente, mais de 30 nações usam essa tática para aproveitar melhor a luz natural.