Em novembro do ano passado, a prefeita Adriane Lopes convidou a imprensa para anunciar o que classificou como “o maior pacote de ações para a Educação” de todos os tempos.
Dentre uma série de investimentos, a abertura de 6,6 mil novas vagas na Rede Municipal de Ensino (REME) em função da construção de 166 salas de aula pré-moldadas, também denominadas modulares, ao custo de R$ 42 milhões. Para efetuar a compra, a Prefeitura de Campo Grande não realizou nenhuma licitação. Ela pegou carona na ata de preços do consórcio Lucerna, de Minas Gerais.
A Ata de Registro de Preços, apesar de legal, é uma maneira encontrada por gestores públicos para “driblar” as licitações tradicionais. De acordo com a prefeitura, cada uma das 166 novas salas modulares possui 48 metros quadrados, espaço suficiente para abrigar 20 alunos.
Segundo o vereador Professor Juari, o município está pagando R$ 250 mil por unidade, “o equivalente a um apartamento da MRV”.
Até agora, pouco mais de uma semana após o início das aulas, apenas em uma escola as salas estão disponíveis, nas Moreninhas. Outras duas das 166 ainda estão em fase de construção.
Quando anunciou o “maior pacote da História da Educação” em Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes disse que as salas estariam concluídas antes do reinício do ano letivo, o que não ocorreu.
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