A seca intensa que afeta Mato Grosso do Sul e tem potencializado os focos de incêndios florestais no Pantanal, também prejudica a produção agrícola sul-mato-grossense. Segundo dados da terceira semana de junho, do projeto Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga/MS), realizado Aprosoja/MS, a retração na 2ª safra de milho deverá ser de quase 20% neste ano agrícola.
A produção total é estimada em 11,485 milhões de toneladas, uma queda de 19,23%, e a produtividade é prevista em 86,3 sacas por hectare, uma retração de 14,25%. Até o dia 21 a colheita do milho safrinha alcançou 8,2% da área total dos 2,2 milhões cultivados neste ano. O relatório aponta que os períodos de seca ocorreram entre março e abril (10 a 30 dias de estresse hídrico) e mais recentemente, entre abril e junho (mais de 70 dias sem chuva). Até o momento, a porcentagem de área colhida na 2ª safra 2023/2024, encontra-se superior 7% em relação à 2ª safra passada.
De acordo com o Siga/MS todas as regiões do estado estão em pleno desenvolvimento fenológico, tanto vegetativo quanto reprodutivo. Nas regiões oeste, centro, norte e nordeste, as condições são majoritariamente boas, variando de 55,9 a 85,8%. Por outro lado, as regiões sudoeste, sudeste, sul-fronteira e sul apresentam condições abaixo do potencial das demais regiões. Nestas áreas, pode se encontrar lavouras com até 50% em condições ruins.
Segundo o levantamento, a seca afetou uma área total de 785 mil hectares. De acordo com Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), essa safra de milho será direcionada ao mercado interno.
*Com informações da Semadesc/MS
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