Com menos chuvas nos últimos dias, o cenário epidemiológico da dengue começa a melhorar em Campo Grande. Segundo o relatório da Sala de Situação de Arboviroses, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Campo Grande (CIEVS), ligado à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Sesau, a partir do mês de abril houve uma leve redução no número de casos de dengue.
Na comparação entre os meses de abril e maio, a redução foi quase 40%, saindo de 3.587 para 2.430 casos. Neste mês de junho, até agora, foram notificados apenas 399 casos da doença, reforçando que a queda no número de casos deve se manter.
De acordo com o levantamento em 2023, entre os dias 01 de janeiro a 24 de junho foram notificados 13.153 casos de dengue no município e 4 óbitos. No mesmo período, a Capital registrou três casos de Zika e oito de chikungunya.
Em março deste ano, Campo Grande chegou a registrar 3.701 notificações por dengue, o que colocou a Capital em situação de epidemia. Entre as explicações para esta queda, além da redução das chuvas, estão as ações de enfrentamento como a “Operação Mosquito Zero”, que ao longo de quatro meses percorreu as sete regiões urbanas e distritos do município. Neste período foram mais de 80 mil imóveis.
No mapa da CIEVS, oito bairros de Campo Grande ainda apresentam alta incidência da doença, sendo classificados com risco muito alto. São eles: Caiobá, Los Angeles, Nova Campo Grande, Noroeste, Núcleo Industrial, Popular, Rita Vieira e Tijuca.
Chuva
A presença de uma massa de ar seco no estado tem impedido a formação de nuvens de chuvas. Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), grande parte do estado do Mato Grosso do Sul está há duas semanas sem registrar chuvas, incluindo os municípios de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Bonito dentre outras. A exceção são algumas cidades do extremo sul do estado, como Sete Quedas e Mundo Novo, que registraram chuvas na semana passada.
A expectativa é de que volte a chover em Mato Grosso do Sul daqui a 10 dias.