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Sem leitos para Covid-19, secretário fala em colapso

Em Campo Grande, pacientes com Covid estão em vagas improvisadas

Hospitais improvisam leitos para atender pacientes com Covid - Isabelly Melo/CBN
Hospitais improvisam leitos para atender pacientes com Covid - Isabelly Melo/CBN

"Estamos prestes ao colapso total na área de saúde pública. Estamos vivendo a pior tragédia hospitalar da história do país, que tem repercussão muito grande em Mato Grosso do Sul”. A avaliação é do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, ao falar sobre o cenário dos hospitais no Estado.

Com taxa de ocupação de leitos acima dos 100%, dificuldade para contratar novos profissionais e sem conseguir ampliar a capacidade de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), o Estado vem apresentando assustador e elevado número de pessoas hospitalizadas. Desde o início do ano, praticamente dobrou a quantidade de pacientes internados com Covid-19, passando de 652 para 956. MS já registrou 3,7 mil mortes por Covid.

A situação mais grave é vivida pela capital, Campo Grande, que está sem leitos disponíveis. Nesta semana, segundo Resende, o Hospital Regional remanejou leitos destinados ao tratamento de doenças cardiológicas, para atender pacientes com o novo coronavírus. Ainda assim, ontem, 25 pessoas estavam a espera de vaga, internadas em leitos improvisados na ala vermelha. 

A Secretaria Municipal de Saúde, também precisou improvisar leitos em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e remanejar leitos da Unidade do Trauma da Santa Casa. O mesmo cenário se repete nos hospitais privados, que em carta, anunciaram a superlotação. Cerca de 100 pessoas aguardam vagas na capital. “Nós estamos colhendo o que plantamos no passado, como festas e aglomerações”, pontua Geraldo Resende.