O sérvio Zarko Pilipovic foi extraditado da Bolívia para o Brasil, por Corumbá. Ele é apontado como membro de uma máfia envolvida com o tráfico internacional de drogas e, conforme as investigações, têm ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua em Mato Grosso do Sul e em outros estados brasileiros, a partir dos presídios.
O investigado era procurado por diversas autoridades internacionais e estava com alerta vermelho da Interpol para ser capturado. Na tentativa de fugir da prisão, ele vinha usando o nome falso de Leonardo Barsad da Rocha.
O governo boliviano fez a extradição dele na semana passada, no dia 29 de março, mas o caso só foi divulgado agora por questões de segurança. O traficante acabou sendo capturado no município boliviano de San Rafael de Velasco, que fica a cerca de 500 km de Corumbá, em fevereiro.
No ano passado, investigações da polícia boliviana apontaram para um forte esquema de tráfico de drogas naquele município, principalmente cocaína. A região era usada tanto como entreposto de armazenamento, como de transporte aéreo para o tráfico internacional.
O ministro do Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, divulgou em redes sociais que a prisão do sérvio e sua extradição representam uma atuação direta das autoridades contra o tráfico internacional de drogas. O ministro foi quem apontou as ligações de Zarko com o PCC.
A Polícia Federal em Corumbá recebeu o preso no Posto Esdras, na faixa de fronteira com o país vizinho, e ficou responsável por realizar a transferência do sérvio. Ele ainda será encaminhado para a Albânia, para fins judiciais.
A imprensa sérvia repercutiu a prisão dele e divulgou que ele faz parte de um grande cartel dos Balcãs.