O corpo da sucuri de quase sete metros de comprimento, batizada de "Ana Júlia", passou por perícia definitiva neste fim de samana. Pesquisadores e a Polícia Militar Ambiental confirmam a causa de morte natural.
A sucuri emblemática de Bonito foi encontrada boiando no rio Formoso e, nas redes sociais, foi levantada a discussão de que Ana Júlia teria sido morta a tiros. Nos primeiros trabalhos da perícia, realizados na segunda-feira (25), a possibilidade desse crime ambiental foi descartada, já que a cobra não possuía perfurações por tiros ou qualquer outro objeto no corpo.
O delegado Pedro Ramalho, titular da Delegacia da Polícia Civil de Bonito, solicitou o trabalho dos peritos da Polícia Científica. Conforme o perito criminal Emerson Lopes dos Reis, diretor do Instituto de Criminalística de Mato Grosso do Sul, uma equipe com três peritos, entre eles Maristela Melo de Oliveira, que é veterinária, foram até Bonito para examinar a sucuri.
Investigação
De acordo com a perícia, algumas hemorragias internas foram encontradas durante os exames, porém, devido ao adiantado estado de decomposição da sucuri, não foi possível precisar a existência ou não de alguma patologia.
"Nós realizamos exames minuciosos em toda a pele do animal e foram encontradas apenas alguns arranhões não recentes na cabeça, o que é muito comum em sucuris que são animais predadores", lembrou Maristela.
O animal foi trazido para o Instituto de Criminalística em Campo Grande, para que exames complementares fossem feitos, entre eles os de imagens.
"Nós realizamos exames por raio-x na cobra, que poderia indicar projéteis alojados ou quebramento de ossos, mas nada foi encontrado e descartamos efetivamente morte violenta ou por causas externas", garante Emerson.
De acordo com as análises e diversos exames, o Instituto de Criminalística aponta que a morte da sucuri de Bonito foi provocada por causas naturais.
*Com informações do Governo do Estado