Campo Grande será uma das raras capitais sem o embate direto da direita com a esquerda nas eleições municipais. A cabeça do eleitor pode ser confundida com uma campanha ideológica de contradição.
Se em outras capitais, o PT será alvo de bombardeios, em Campo Grande a briga será entre a direita com centro reforçado por bolsonaristas. É o caso da prefeita Adriane Lopes (PP) com o deputado federal Beto Pereira (PSDB). Ela se apresenta como candidata conservadora, defende os ideais do bolsonarismo, mas não contará com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que a trocou por Beto Pereira, um social democrata, mais ligado ao centro. Beto, como parlamentar, nunca se identificou com as ideias bolsonaristas.
Beto faz campanha como um bolsonarista recém convertido, pelo menos até o fim das eleições municipais. E o principal alvo de Beto nessa campanha é trocar chumbo grosso com Adriane. Ele precisa tirá-la do seu caminho para chegar ao segundo turno. Hoje, pelas pesquisas já divulgadas, a primeira vaga para decisão final das eleições, está com a ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil). Para isso, ela precisa lutar para a sua candidatura não sofrer desidratação no decorrer da campanha eleitoral.
Rose não estará imune dos ataques dos rivais, principalmente do Beto. Mas juntamente com o tucano, os dois apontam a metralhadora giratória em direção a Adriane Lopes.
Uma tempestade perfeita para campanha recheada de contradição. A prefeita estará sendo bombardeada por todos os lados, porque a candidata do PT, deputada federal Camila Jara, está com seu arsenal de armas preparado para defender seus ideais.
Adriane, também, está armada para se defender e atacar os rivais, principalmente, o Beto Pereira. O cacique tucano, ex-governador Reinaldo Azambuja, já avisou estar preparado para municiar Beto com denúncias e mais denúncias.
Rose Modesto, também, está preparada para se resguardar de ataques. Ela já identificou o campo minado construído pelo PSDB, seu ex-partido, pelo qual disputou a Prefeitura de Campo Grande, em 2016. Por pouco não foi eleita. Ela perdeu a disputa no segundo turno para o Marquinhos Trad, na época filiado ao PSD. Hoje ele está no PDT para concorrer a uma vaga de vereador.
Veja só como a política é dinâmica. Rose e Marquinhos se enfrentaram em uma disputa acirradíssima com muita troca de críticas. Agora, vão caminhar juntos.
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