A pré-candidatura do ex-governador André Puccinelli (MDB) a prefeito de Campo Grande não deve resistir até junho. É uma avaliação dos líderes políticos que conversaram com ele. Há uma série de obstáculos no caminho do ex-governador para atingir a vitória. Ao contrário de rivais, André não pode entrar na disputa eleitoral apenas para competir. A derrota pode prejudicar o futuro político do ex-governador.
Há quem diga da obrigação de André vencer a disputa pela prefeitura da Capital. E o ex-governador está avaliando o tamanho do risco de entrar numa competição dura e sem estrutura financeira. André não pensa só nele. Como líder político não pode, também, deixar órfão os seus correligionários do MDB, sobretudo, os candidatos a vereador. Até para desistir de uma disputa para prefeitura, ele precisa garantir uma base estrutural para os seus liderados.
É isso que ele está procurando fazer. André sabe do seu potencial político e eleitoral. No cenário do momento, até pode não ter votos para vencer as eleições, mas tem votos para ajudar a eleger um aliado. As pesquisas feitas a pedido de partidos mostram isso. André tem um eleitorado fiel, que o acompanha em qualquer circunstância.
Por causa desse potencial, o apoio de André continua sendo disputado nos bastidores pelo PSDB e União Brasil. O ex-governador Reinaldo Azambuja é quem está conversando com André. A ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto, do União Brasil, também, vem negociando com o ex-governador aliança com MDB.
Por enquanto, tudo não passa de conversas.
A expectativa é de André anunciar em definitivo uma posição até antes de junho se conseguir fechar acordo com PSDB ou MDB. Mas se conseguir recursos da direção nacional do partido, André aceitará o desafio de entrar na disputa eleitoral. Sem dinheiro, não vai para o enfrentamento nas eleições.
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