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LIBERADA

Temporada de pesca é reaberta em MS após quatro meses

Pescaria no Rio Paraguai é uma das mais atrativas em MS -  Foto: Reprodução/Joicetur
Pescaria no Rio Paraguai é uma das mais atrativas em MS - Foto: Reprodução/Joicetur

Proibida desde 5 de novembro do ano passado, a pesca voltou a ser liberada nos rios de Mato Grosso do Sul a partir deste sábado (1º).

“Os pescadores esportivos devem adotar técnicas que minimizem os impactos sobre os peixes, como o uso de anzóis sem farpa, manuseio adequado e liberação rápida na água para garantir a sobrevivência do animal”, alertou o gerente de Fauna do Instituto de Meio Ambiente de MS (Imasul), Vander Melquiades.

Durante o período de defeso, a pesca estava restrita à subsistência de comunidades ribeirinhas. Agora, os pescadores poderão retornar às atividades, desde que respeitem as normas vigentes para garantir a sustentabilidade dos recursos pesqueiros do estado.

E, mesmo os que praticam a modalidade pesque-e-solte, devem estar devidamente licenciados. A Licença Ambiental pode ser emitida digitalmente pelo site do Imasul.

O diretor-presidente do Instituto, André Borges, reforça a importância do período de defeso para a preservação das espécies. “O defeso é essencial para a reposição dos estoques pesqueiros. Agora, com a liberação da pesca, manteremos a fiscalização rigorosa para coibir irregularidades e assegurar o cumprimento das normas ambientais”, destacou.

Pesque-e-solte responsável

Para garantir uma pesca esportiva sustentável, algumas boas práticas são recomendadas:

  • Manuseio adequado – Evite retirar o peixe da água sempre que possível. Caso necessário, mantenha-o na posição horizontal e fora d’água pelo menor tempo possível.
  • Uso de anzóis sem farpa – Facilita a remoção e reduz danos ao peixe.
  • Proteção das brânquias – Evite tocar nas guelras, pois são fundamentais para a respiração.
  • Evitar o estresse – Manuseio excessivo pode comprometer a saúde do peixe e aumentar riscos de infecções.
  • Liberação imediata – Devolva o peixe ao mesmo local onde foi capturado, garantindo que ele possa nadar sem dificuldades.

Operação Piracema

A Operação Piracema 2024/2025 mobilizou 320 policiais militares ambientais, 70 fiscais do Imasul e, pela primeira vez, contou com o reforço de 120 policiais da Polícia Militar Rural (PMR).

O monitoramento via satélite e ferramentas de inteligência georreferenciada ajudaram a identificar pontos críticos de pesca ilegal, que seguirão sob fiscalização.

“A estratégia de fiscalização deste ano foi aprimorada, com barreiras quádruplas e monitoramento rigoroso. Nosso foco é garantir que as regras sejam respeitadas e que a pesca ocorra de maneira ordenada e responsável”, afirmou Luiz Mário, diretor de Licenciamento do Imasul.

Durante o período de defeso, foram fiscalizados 121 estabelecimentos comerciais e abordados 831 veículos em barreiras nos municípios de Terenos e Aquidauana. Foram lavrados 21 Autos de Infração, com multas que totalizam mais de meio milhão de reais (R$ 590.800,00).

Dentre as principais penalidades aplicadas, destacam-se a pesca irregular, com 384 kg de pescado apreendido.

Infrações aplicadas

  • Supressão vegetal e abertura de estradas sem autorização – R$ 204.000,00.
  • Construção/ampliação sem licença – R$ 5.000,00 a R$ 50.000,00.
  • Operação sem licença ou com documentação vencida – R$ 60.000,00 a R$ 200.000,00.
  • Captação de água sem outorga (DURH) – R$ 1.000,00 a R$ 10.740,00.