A prefeita Adriane Lopes (PP) vai passar pelo primeiro teste de fogo na busca da sua reeleição. Mas antes precisa superar os grandes desafios da administração de Campo Grande. Ela mesma admitiu as dificuldades para correção de rumo da gestão. É uma herança deixada pelo então prefeito Marquinhos Trad, hoje no PDT, que ela vem procurando mudar.
Mas não é só com administração eficiente que se ganha eleição. Adriane vai depender de apoio político e uma aliança já está sendo construída com o ex-presidente Jair Bolsonaro, por intermédio da senadora Tereza Cristina (PP). A própria Adriane Lopes conversou com Bolsonaro no último fim de semana, no Rio de Janeiro, sobre a união de forças nas eleições na Capital.
A prefeita abriu, também, o jogo sobre a sua posição ideológica. É uma política conservadora e seu plano é ser candidata da direita em Campo Grande. A expectativa é, com o decorrer do tempo, que é curto, mudar o cenário a seu favor na Capital com a participação de Bolsonaro. Não tem como fugir de que a disputa, este ano, será ideológica.
Outro fato interessante é que, durante a entrevista desta quarta-feira (24), na Rádio CBN Campo Grande, Adriane Lopes mostrou conteúdo. Foi firme nas respostas aos jornalistas da CBN e do Jornal Correio do Estado – veículos parceiros nessa rodada com os pré-candidatos à prefeitura da Capital – e mostrou que sabe muito bem dos gargalos da cidade, seja na área de saúde, educação e infraestrutura.
Ficou latente que a prefeita deu demonstração de preparo para a entrevista, inclusive de ter passado por mídia training,(técnica usada para desenvolver a postura, a fala e o repertório) porque o seu desempenho pode ser considerado como muito bom.
E, por falar em preparo, Adriane sabe que sozinha não conseguirá resolver os grandes problemas da cidade. Ela apontou o apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB) como primordial para retomar obras paralisadas e investimentos em outras áreas de Campo Grande, incluindo o transporte coletivo urbano.
Adriane Lopes admitiu que as relações ruidosas do então prefeito Marquinhos Trad com o governador da época, Reinaldo Azambuja (PSDB), criaram sérios problemas para Campo Grande. E afirmou que, com Riedel, a relação é diferente mesmo estando em lados opostos na sucessão eleitoral na Capital. Riedel, inclusive, teria assumido o compromisso de ajudar a cidade.
Confira na íntegra: