Areia, lodo e outros sedimentos que se acumulam ao longo do tempo, transportados por correntezas e fenômenos naturais, estão sendo dragados do lago de contenção no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, que desempenha um papel vital para garantir a qualidade da água e o ecossistema do lago principal do parque.
Os trabalhos começaram neste mês, coordenados pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), e vão durar em torno de 60 dias, conforme explicou o diretor-presidente do Imasul, André Borges.
A empresa contratada pelo Imasul estima que aproximadamente 14 mil metros cúbicos de areia serão retirados da área de contenção, o que demandará cerca de 1.400 viagens de caminhões, cada um com capacidade para 10 metros cúbicos.
Os trabalhos são realizados sem a necessidade de interdição do Parque, o público poderá continuar utilizando o local normalmente, apenas observando a sinalização devido ao trânsito de caminhões.
A empresa utiliza uma draga com capacidade de remover entre 500 e 600 metros cúbicos de sedimentos por dia, mas devido à presença de pedras e outros materiais nas bacias de contenção, a eficiência da draga foi reduzida para apenas 100 metros cúbicos diários. Para contornar essa limitação, uma nova draga será introduzida, com capacidade para retirar entre 600 e 800 metros cúbicos por dia.
O custo da obra de desassoreamento do lago de contenção é de R$ 611 mil, recursos provenientes de compensação ambiental.
A última grande intervenção no local para a retirada de sedimentos ocorreu em junho de 2019 e é fundamental para reduzir alagamentos na região durante os períodos de chuva.
Em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, André Borges explicou como o Imasul vem atuando na prevenção de enchentes na Capital e também sobre a qualidade da água nos rios do estado.
Acompanhe a entrevista na íntegra: