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Alerta

Trecho de 6km do Rio da Prata está seco

Ministério Público e ONG investigarão causas da seca e sujeira no afluente do Rio Miranda

Local onde o Rio da Prata encontra o Rio Formoso - Reprodução/Governo de MS
Local onde o Rio da Prata encontra o Rio Formoso - Reprodução/Governo de MS

Nesta semana, o Ministério Público Estadual instaurou um inquérito civil para apurar as causas da sujeira e da seca que afetam o Rio da Prata, localizado no município de Jardim, Mato Grosso do Sul. Para apoiar essa investigação, o Ministério Público solicitou ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), uma ONG que atua na região, a realização de um levantamento detalhado das condições do rio.

Sérgio Barreto, coordenador do Instituto Homem Pantaneiro, revelou que o levantamento irá abranger 20 quilômetros do rio, desde as nascentes, na região dos banhados, até a área recentemente seca. "A gente sabe que está tendo escassez hídrica, mas nunca houve um trecho seco por 6km. Precisamos entender o que está acontecendo. Não é um único fator, são vários. Vamos fazer esse percurso para reavaliar e compreender a situação", afirmou Barreto.

O Rio da Prata é de extrema importância para a região, principalmente devido à sua interligação com o Rio Miranda. Desde 2018, o programa Cabeceira do Pantanal, mantido pelo IHP, tem monitorado as áreas do Rio da Prata, destacando as nascentes localizadas nos banhados como as mais afetadas.

Barreto explicou que a drenagem inadequada nessas áreas, muitas vezes por falta de conhecimento, tem prejudicado o ecossistema local. "Quando uma vala é aberta, a água escoa, rebaixando o nível do solo e destruindo a vegetação e a fauna associada", explicou.

O promotor Alan Carlos Cobacho do Prado, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Jardim, deu entrevista ao Jornal CBN Campo Grande nesta quinta-feira (25), e destacou que estudos preliminares identificaram que a seca prolongada dos últimos três anos é um dos fatores principais para a situação atual do Rio da Prata. Além disso, foram identificadas propriedades rurais que não estão respeitando as áreas de proteção permanente (APPs). "Vamos voltar a campo com a Polícia Militar Ambiental para garantir que essas áreas cumpram o Código Ambiental e protejam o rio", declarou o promotor.

Confira a reportagem e a entrevista com o promotor na íntegra: