Com mais de 10 milhões de casos por ano e 1 milhão de óbitos, a tuberculose é uma das dez principais causas de morte no mundo. Em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, Marcelo Cordeiro, infectologista do Sabin Medicina Diagnóstica, explicou como a doença pode afetar a vida das pessoas que contraem a bactéria.
Segundo o infectologista, 80% das pessoas com a doença, tem a forma pulmonar, os outros 20% podem apresentar a doença em qualquer outro órgão, inclusive no cérebro. “Quando a gente fala em controle da doença, falamos em tuberculose pulmonar que é a sua forma transmissível, uma das estratégias importantes hoje é justamente identificar essas pessoas que tem tosse por mais de duas ou três semanas, para fazer um diagnóstico o mais precoce possível e iniciar o tratamento”, explicou.
Dados do Ministério da Saúde mostram que de 2015 a 2021 foram registrados 8.823 casos de tuberculose em Mato Grosso do Sul. Cordeiro ressaltou que a tuberculose é uma doença que tem cura e que o abandono do tratamento é um dos motivos mais recorrentes para a persistência da bactéria. “O tratamento é longo, no mínimo seis meses, quando as pessoas começam a melhorar elas interrompem”.
Incluída no calendário nacional de vacinação em 1977, a taxa de cobertura vacinal da BCG tem caído no país. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2020 o país vacinou somente 73,51% das crianças, índice bem inferior ao registrado em anos anteriores, quando a cobertura chegou, em média, a 95% do público-alvo para a vacina. Confira a entrevista completa: