Nos últimos dias, todas as cidade do estado estiveram sob alerta climático de grandes temperaturas emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e, com o calor intenso, a situação de quem precisa utilizar o transporte público em Campo Grande ficou ainda mais complicada. Nos horários de maior movimento, quando os ônibus ficam lotados, e nos horários mais quentes do dia, a temperatura aumenta ainda mais dentro dos veículos e os passageiros reclamam do calor.
“Tá parecendo que você entra em um forno, ainda mais quando você pega o ônibus lotado de gente, é quente demais. Não tá fácil não, e estou estranhando, nunca foi quente assim como está agora nos últimos dias. É difícil”.
A observação do aposentado Manoel de Paula representa bem a situação de quem está usando o transporte público na Capital nos últimos dias, onde a temperatura esteve pelo menos 5ºC acima da média e sensação térmica chegou aos 40Cº no último final de semana.
O estudante Ray Fernandes Aranda, a auxiliar de limpeza Evelin Aline Padilha e o chefe de cozinha Rogério Rodrigues Camargo, que utilizam o transporte público todos os dias para irem ao trabalho e também falam da dificuldade com o calor.
“Tá horrível, muito ruim, a temperatura parece que dobra dentro do busão”, conta Ray.
“Tá muito quente, abafado, os ônibus ficam lotados e aí fica muito calor porque não tem circulação de vento né. Bom se tivesse um ar condicionado, ou fosse climatizado, ia ajudar bastante”, diz Evelin.
“Com o aumento do calor, a situação tá bem caótica, já superlotado normalmente e agora o calor só piorou a situação”, afirma Rogério.
A divulgadora Dirce Vilhagra e a aposentada Nina Ferreira também reclamam da qualidade do transporte público neste calor e ainda falam da falta de atenção com os idosos.
“Os ônibus são pequenos e superlotados. Eu acho que, principalmente na hora do pico, eles poderiam aumetar a frota ou colocarem ônibus maiores. A situação é precária e ainda com esse calor, os ônibus deviam ter mais ventilação e mais segurança para os idosos e crianças”, conta Dirce.
“É muito difícil, principalmente para nós idosos, às vezes a gente entra e está muito cheio, não tem lugar, as pessoas não dão lugar pra gente. E é muito calor, a gente passa mal, nossos ônibus são precários”, desabafa a dona Nina.
Lucro no calor
O que também preocupa é a umidade relativa do ar que, quando abaixo dos 30%, aumenta os riscos à saúde. E nesse momento onde manter o corpo hidratado é o mais importante, a vendedora Ana Lúcia agradece pelos dias quentes na capital. Ela tem um comércio de água de coco e caldo de cana na região central da cidade e diz que, apesar de ser fim de mês onde as vendas deveriam diminuir, a clientela aumentou por conta do calor.
“As vendas aumentaram bastante por causa do calor, porque realmente tá muito quente. E semana passada o movimento foi muito ruim, bem parado, e agora só por conta do calor já aumentou bastante, mais que o dobro de vendas”.
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