No próximo dia 12, será realizado em Campo Grande o Seminário de Estratégias de Superação da Vulnerabilidade Social em Mato Grosso do Sul. O evento vai marcar a apresentação do Mapa da Vulnerabilidade no estado.
Em entrevista ao Jornal CBN CG, desta sexta-feira (07), o superintendente de Inteligência de Dados da Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo (Segem), Leandro Sauer, falou da importância das informações levantadas para a gestão pública.
Sem antecipar os números, o superintendente disse, em linhas gerais, que o mapa da vulnerabilidade é dividido em três dimensões: renda e trabalho; capital humano e infraestrutura urbana. Nestes setores, de acordo com ele, o estado se destacou positivamente na dimensão de renda e trabalho. “É onde o estado tem melhor resultado porque você tem baixa taxa de desemprego e renda per capita razoável”.
No entanto, a dimensão com pontos negativos é a infraestrutura urbana. “As variáveis que a gente considera são: imóveis com coleta de lixo, esgotamento sanitário adequado, renda per capita menor que meio salário mínimo e leva mais de uma hora para se deslocar até o trabalho. Isso significa que o gestor vai poder olhar para isso e melhorar a tomada de decisões que possam mudar esta realidade”.
Outro ponto destacado na pesquisa é o fato que a vulnerabilidade no estado não está concentrada. “O mapeamento demonstrou que a vulnerabilidade não está geograficamente localizada no estado, são nichos, não há uma concentração. Você não tem bolsões de vulnerabilidade”.
O questionário com 26 mil pessoas foi realizado nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, de forma presencial. A metodologia utilizada foi do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA.
O mapeamento completo será apresentado no dia 12 de junho, no Teatro Glauce Rocha. A expectativa é de que o evento reúna cerca de 700 pessoas. Além do banco de dados da pesquisa, o estudo também será entregue em e-book. Em 2025, a Revista Interações, que é o periódico científico mais importante no estado, vai lançar um suplemento do mapa da vulnerabilidade social. Acompanhe a entrevista completa.