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Workshop reúne especialistas para estudar formigas e suas contribuições ao ecossistema no Pantanal

Fotografias sobre formigas está sendo exposta na UFMS, em Campo Grande, até sexta-feira

Fotografias sobre formigas está sendo exposta na UFMS, em Campo Grande, até sexta-feira
Fotografias sobre formigas está sendo exposta na UFMS, em Campo Grande, até sexta-feira | Foto: Paulo Robson

Pesquisadores de todo o Brasil estão reunidos em Campo Grande para participar da 7ª edição do workshop Formigas do Brasil, promovido pela primeira vez pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O evento, iniciado em 22 de novembro, termina neste sábado (30), com um público de cerca de 50 pessoas, incluindo professores, estudantes e entusiastas da mirmecologia — o estudo das formigas.

Realizado a cada dois anos, o curso itinerante tem como objetivo capacitar novas gerações de mirmecólogos, oferecendo ferramentas teóricas e práticas para pesquisa científica. Nesta edição, a biodiversidade do Pantanal serviu de laboratório para atividades de campo.

“As formigas são essenciais para os ecossistemas: ajudam no controle de pragas, dispersam sementes e até promovem a fertilidade do solo. Por outro lado, também podem causar problemas agrícolas e sanitários”, destacou Rodrigo Feitosa, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos organizadores do workshop.

Campo e prática científica

Uma das etapas do evento ocorreu na Base de Estudos do Pantanal (BEP), da UFMS, onde os participantes foram divididos em grupos para atividades práticas, incluindo a coleta e identificação de espécies de formigas. Durante a imersão, uma espécie inédita foi registrada em Mato Grosso do Sul, ampliando o conhecimento sobre a fauna local.

Para a pós-doutoranda Luane Fontinelli, da Universidade Federal do Acre (Ufac), a experiência foi marcante. “Foi incrível ver a diversidade de espécies no Pantanal e trocar conhecimentos sobre métodos de coleta e pesquisa. Estar nesse bioma tão rico torna tudo ainda mais especial”, afirmou.

As atividades também contaram com apresentações sobre o bioma Pantanal, sua biodiversidade e os desafios da pesquisa mirmecológica na região, realizadas pelos professores Geraldo Damaceno Júnior e Camila Aoki, ambos da UFMS.

Exposição fotográfica e rede de colaboração

Além das atividades de campo, o workshop trouxe uma exposição de fotografias sobre formigas no corredor do Instituto de Biociências (Inbio), em Campo Grande, que ficará exposto até sexta-feira (29).

As imagens, capturadas por pesquisadores como Paulo Robson e Espiridião Santos Neto, mostram a diversidade das espécies no Pantanal. Cada participante recebeu uma cópia impressa das fotos, contribuindo para a disseminação do conhecimento sobre os insetos.

Foto: Paulo Robson

O evento também reforçou a importância da colaboração científica. “Trazemos especialistas de várias instituições e promovemos uma troca rica de conhecimentos, além de criar uma rede de pesquisadores que fortalece os estudos em mirmecologia no Brasil”, explicou Feitosa.

Conexões internacionais e próximas edições

O curso tem atraído cada vez mais atenção internacional, com participação de estudantes estrangeiros em várias edições. Este ano, duas pesquisadoras colombianas participaram do evento. “O Brasil é referência mundial em estudos sobre formigas, e isso reflete em iniciativas como esta, que capacitam cientistas e fortalecem a pesquisa”, destacou Feitosa.

A próxima edição do workshop deve ocorrer em outro bioma brasileiro, mantendo a proposta de explorar a diversidade ambiental do país. “Estamos sempre buscando ampliar nosso alcance e mostrar a relevância desses pequenos grandes engenheiros da natureza”, finalizou o organizador.

*Com informações da UFMS