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Campo Grande, 18 de setembro

Alterações climáticas afetam padrão dos ventos em MS e impactam o fornecimento de energia elétrica

Concessionária investe em tecnologia para aumentar previsibilidade climática, ventos podem alcançar os 170 km/h

Por Karina Anunciato
13/09/2024 • 10h30
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As mudanças climáticas têm influenciado a vida e a rotina da população em diversas situações. Na prestação de serviços públicos, as alterações não são diferentes. Com o objetivo de aumentar a previsibilidade das oscilações e a proteção da rede elétrica, em Mato Grosso do Sul, a concessionária Energisa/MS conta, desde 2019, com um convênio com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Segundo Rodrigo Fraiha, a parceria, que consiste no fornecimento de dados meteorológicos, é mais uma ferramenta tecnológica para ajudar na assertividade dos modelos climáticos adversos, protegendo o serviço e o atendimento.

“Temos convênio com o INPE, que também tem convênio com entidades internacionais. A gente tem um sistema implantado desde 2019 para monitorar todas as condições atmosféricas, sejam normais, sejam diversas, né? Através do sistema, que se chama NETCLIMA, que usa sensores de satélite e radar, conseguimos monitorar rajadas de vento, pontos de queimada, frentes frias com grandes nuvens pesadas e a altitude da nuvem, porque isso faz diferença, além das descargas atmosféricas”.

Além disso, o monitoramento do sistema é fundamental para apontar vulnerabilidades. Conforme Fraiha, com os dados, é possível projetar investimentos na rede, que está cada vez mais demandada com as mudanças climáticas.

"Monitoramento é essencial. A gente tem ações preventivas tanto para questões de incêndio, quanto para questões de vento e de clima. Então, desde o nosso planejamento de projetos, que antes estavam numa faixa, antigamente, de ventos até 100 km por hora, hoje mudou para ventos de 130, 150, 170 já estão sendo estudados, porque já há registros disso. Mas temos toda uma rede, né, que está num projeto antigo. Então, ela tem que ser toda atualizada. Isso é um processo que tem que equilibrar tanto a manutenção como também os investimentos, porque tudo isso impacta a energia".

De acordo com o diretor-presidente da concessionária, Paulo Roberto dos Santos, hoje, mesmo que o sistema seja prejudicado pelos eventos climáticos, a possibilidade de resposta e agilidade no atendimento é muito maior.

“Às vezes, você tem uma falta de energia em um determinado segmento e, quando chega para desenvolver a atividade, se depara com 10, 12, 15 postes caídos. Aí o tempo aumenta muito. Mas o mais importante é que, como o Rodrigo colocou, a gente já avançou com os materiais de reposição, as equipes já estão avançadas, já foram todas remanejadas dentro do estado, e a gente trabalha na forma de nuvem. As equipes vão para onde o evento climático está acontecendo, para que a gente tenha o tempo de resposta o mais rápido possível”, frisou Paulo Roberto.

Acompanhe a entrevista completa:

 

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