Foi desencadeada nesta quinta-feira (11), pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e a Polícia Militar do Estado, a segunda fase da “Operação Araceli”, voltada ao cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pela Vara Especializada em Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Veca) de Campo Grande.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão, em sua maioria tendo como alvos condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Em coletiva de imprensa realizada nesta manhã, o Tenente-Coronel da Polícia Militar, Wellington Kimpel, deu mais detalhes sobre o andamento das diligências policiais.
"Temos ao todo 60 policiais militares empenhandos na operação em diversas regiões da capital e, até o momento, já efetuamos seis dos 11 madados de prisões com êxito, em nenhuma delas os alvos ofereceram resistência. Nossos homens continuam empenhados nas ruas para finalizarem todas as prisões", conta o tenente-coronel.
Além dos mandados de prisão cumpridos hoje, durante levantamentos realizados nos meses de março e abril de 2023, as equipes policiais conseguiram localizar e prender 30 condenados por crimes sexuais, os quais já estão cumprindo pena em estabelecimentos prisionais.
O promotor de justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul , Marcos Alex Vera de Oliveira, está acompanhando a operação e disse que o trabalho da Vara Especializada em Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Veca) para a repressão da violência têm sido constante nos últimos meses.
"No ano passado inteiro foram concedidas em torno de 220 medidas protetivas para crianças e adolescentes, neste ano, só nos primeiros meses, já foram mais de 400 medidas expedidas. É um aumento preocupante dos casos e com crimes cada vez mais violentos […] Nós estamos vivendo hoje, pelo menos aqui na capital onde eu acompanho mais de perto, uma epidemia de casos, o que vem trazendo uma preocupação para as autoridades, porque o volume de processos e de denúncias está muito grande", afirma o promotor.
Ainda segundo o promotor, "o caso da menina Sophia foi um marco e as denúncias aumentaram", fato que torna o trabalho da polícia e dos agentes de repressão aos crimes contra crianças e adolescentes mais efetivo.