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Campo Grande, 20 de setembro

Comissão de vereadores quer abrir CPI do Gabinete na capital

Parlamentares estão reunindo informações e mais assinaturas para viabilizar as investigações na Câmara

Por Isabelly Melo
25/07/2022 • 19h23
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Nesta segunda-feira (25), uma reunião entre o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, o delegado geral de Polícia Civil, Roberto Gurgel Filho e vereadores da capital discutiu a gravidade das denúncias contra o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, sobre supostos crimes sexuais cometidos pelo político.

Os vereadores querem embasar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o uso de dinheiro público por Marquinhos para a contratação de mulheres comissionadas mediante a troca de favores sexuais.  

Tiago Vargas, também do PSD, mesmo partido que Marquinhos Trad, é um dos vereadores que compõem a comissão. Foto: Divulgação

A comissão de vereadores presente na reunião era formada por Camila Jara (PT), Coronel Alírio Villsanti (União), João César Mattogrosso (PSDB), Marcos Tabosa (PDT), Prof.º André Luis (REDE) e Tiago Vargas (PSD).

Companheiro de partido do investigado, Vargas disse que, até o momento, seis assinaturas foram colhidas dentro da Câmara Municipal, sendo necessárias 10 para a instauração da CPI. “Possivelmente semana que vem nós estaremos colhendo essas quatro assinaturas que faltam e queremos abrir uma CPI para que ela caminhe paralelamente às investigações da Polícia Civil do Estado”, explicou.

Tiago completou que a entrada da Câmara no processo investigatório, através da intitulada “CPI do Gabinete”, se dá pelas várias denúncias de que os supostos assédios foram cometidos durante a gestão de Marquinhos à frente da prefeitura de Campo Grande.  

“São situações que ocorreram dentro de prédios públicos municipais e, para nós termos uma ideia, até pessoas falavam assim ‘ó, era troca de emprego’. Então, estavam utilizando a estrutura municipal em troca de possíveis favores sexuais”, pontuou.

Marquinhos nega as acusações e acusa adversários políticos de tentar forjar denúncias. Foto: Arquivo CBN CG

Durante a reunião, a secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública destacou a criação de um canal exclusivo para receber denúncias sobre o inquérito que apura suspeitas de crimes sexuais que teriam sido praticados por Marquinhos Trad.

O telefone é o (67) 9 9324-4898 e funcionará 24h por dia, sob o comando da delegada responsável, Maíra Pacheco, tanto para ligações, quanto para envio de mensagens pelo WhatsApp, garantindo a preservação da identidade de vítimas e denunciantes.

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Instaurado neste mês para apurar as denúncias contra Marquinhos Trad, o inquérito corre sob segredo de justiça, no entanto, a delegada marcou uma coletiva de imprensa para terça-feira (26), afim de dar mais informações sobre o encaminhamento das investigações diante da repercussão do caso.

A assessoria do ex-prefeito Marquinhos Trad foi procurada pelo jornalismo da Rádio CBN Campo Grande e não quis se pronunciar sobre o caso da servidora. Sobre o inquérito aberto pela DEAM, o ex-prefeito já havia divulgado um comunicado no qual se diz vítima de acusações forjadas por adversários políticos.

Nesta semana a CBN Campo Grande divulgou material exclusivo sobre o depoimento de uma servidora pública que também denunciou o ex-prefeito por abuso sexual. O crime teria ocorrido na época em que Marquinhos era vereador. Clique abaixo para ouvir o relato da mulher à nossa reportagem:

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