RÁDIOS
Campo Grande, 14 de setembro

Gás de cozinha tem variação média de 24% em Campo Grande

Levantamento realizado em 10 revendedoras encontrou uma diferença de R$30 reais nos preços cobrados na Capital

Por Karina Anunciato
28/08/2024 • 12h00
Compartilhar

O gás de cozinha tem variação média de 24% em Campo Grande. Nossa equipe pesquisou o preço do botijão de gás de 13 quilos nas sete regiões urbanas da Capital, em 10 revendedoras. O maior preço foi encontrado na região do bairro Tiradentes, por R$125. O menor preço foi registrado na região do bairro Santo Amaro, por R$95, sem levar em consideração a taxa de entrega. O produto essencial no dia a dia dos consumidores tem pesado cerca de 5% nas despesas das famílias com orçamento de aproximadamente dois salários mínimos.

A dona de casa, Maria da Glória Rodrigues Coelho, pagou R$ 122 no preço do gás de cozinha há dois meses. Ela que adquire o produto a cada 60 dias, criticou o custo não só para ela e a família, mas para outras pessoas com o poder aquisição menor. "Muito dinheiro para o gás e quem não tem esse R$ 122", questiona.

Ela ainda argumentou que sem alternativa para driblar o alto consumo, é difícil para uma família passar o mês sem ligar o forno. "Eu não tenho alternativa nenhuma. A alternativa é não cozinhar ou não fazer bolo, essas coisas. Mas uma dona de casa não vai fazer? Tem que fazer", defende.

CBN: BANNER DIGIX 01.01 A 30.06.2024
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na casa da aposentada, Neusa Martins da Silva, o consumo do gás de cozinha dura em média 40 a 45 dias. Com um orçamento familiar de pouco mais de R$2500, a ex-merendeira, que mora com a mãe e uma irmã, contou que durante a semana até consegue segurar o uso do fogão, mas no final de semana quando recebe a visita dos filhos e dos netos fica difícil não preparar pratos com mais tempo de cozimento.

"No dia a dia do trabalho até que a gente faz bem pouca comida. Mas no final de semana a gente sempre cozinha mais porque vem os filhos, eu tenho quatro filhos, as noras, os netos, os sobrinhos, quando vem, vem tudo"

Levando em consideração o custo do último botijão de 13 quilos adquirido a R$112, a aposentada contou que desembolsou cerca de 5% do orçamento familiar, só com o gás de cozinha.

Segundo o economista Eduardo Matos, o preço praticado nas revendedoras já está praticamente pronto, com pouco margem de lucro.

"A variação do preço em Campo Grande leva em consideração o preço do fornecedor, no caso os últimos reajustes foram no aumento do preço do produto repassado pela Petrobras. A composição de preço ainda leva em consideração os custos do estabelecimento que comercializam e pelo custo logístico".  

Nós entramos em contato com o Sindicato das Empresas e Revendedoras de Gás do Centro-Oeste (Sinergás), que representa as revendedoras de gás na região Centro-Oeste, para entender o alto custo do produto, mas não tivemos retorno.

Acompanhe a reportagem completa:

 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de CBN Campo Grande