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Campo Grande, 01 de julho

Marina Silva e Simone Tebet visitam Pantanal em dia de redução expressiva nos focos de calor

Após 90 dias de combate às chamas, as ministras desembarcaram hoje em Corumbá; número de focos caiu 90% na região

Por Mateus Adriano
28/06/2024 • 16h00
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O número de focos de calor no Pantanal, que já ultrapassou a marca de 4.000 em um único dia, está 90% menor. No final do dia desta sexta-feira (28), 245 focos estavam ativos no bioma, em 13 propriedades, segundo dados da plataforma Pantanal em Alerta, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul. Já são dois dias consecutivos de queda no número de focos, devido à chegada de uma frente fria à região.

Quem também chegou ao Pantanal foram as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Elas desembarcaram na manhã desta sexta-feira em Corumbá para acompanhar a situação dos incêndios. Ao lado do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros e do governador Eduardo Riedel (PSDB) as ministrar sobrevoaram a região mais afetada pelo fogo no bioma.

Em entrevista coletiva, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, atribuiu o momento crítico no Pantanal à uma “junção perversa” de mudanças climáticas, escassez hídrica - com a maior seca dos últimos 70 anos -, desmatamento e incêndios causados pelo homem. 

Segundo Marina, os municípios mais afetados pelas chamas, são que os mais registraram desmatamentos. “No caso de Corumbá, ano passado tivemos um aumento nos desmatamentos de 50%. Não por acaso, agora está respondendo por 50% dos incêndios”, ressaltou.

A ministra destacou que existe um trabalho de prevenção desde o ano passado, mas que a situação atual não poderia ser prevista. “O que nós estamos vivendo é uma emergência climática, um evento extremo, que antecipou um fenômeno em meses, e sobre o qual nós temos que agir agora”, afirmou.

Já a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, garantiu que não faltarão recursos para as ações de combate ao fogo, mas afirmou que é preciso combater a origem do problema. “Nenhum dinheiro vai ser suficiente se não tivermos uma campanha de conscientização e de responsabilização para os incêndios criminosos [...] de um ano para outro, você aumenta em 3.000 o número de focos de incêndio. Sem raios e sem trovoadas. Então tem mão do homem aí”.

APOIO AÉREO

Após 90 dias de fogo intenso no Pantanal, o avião KC-390 da Embraer, equipado para combater incêndios florestais, foi enviado pelo governo federal e chegou Corumbá somente na manhã desta sexta-feira (28). A aeronave tem capacidade para despejar até 12 mil litros de água a cada vez que é abastecida.

Desta vez, ao contrário do que ocorreu em 2020, quando a aeronave tinha que ser deslocada por cerca de 400 km até a capital Campo Grande, o reabastecimento poderá ser feito em Corumbá.

E a primeira equipe da Força Nacional de combate às chamas chegou ao estado de Mato Grosso do Sul na noite de quinta-feira (27). São 42 militares que estão atuando em conjunto com as equipes estaduais no combate ao fogo, principalmente nos trabalhos de rescaldo das chamas.

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