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Campo Grande, 13 de setembro

Mato Grosso do Sul alcança R$ 11,8 bilhões em mineração nos últimos quatro anos

Estado teve o sétimo maior arrecadamento do país em royalties da mineração em 2023

Por Redação/CBN-CG
27/08/2024 • 13h00
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O setor de mineração em Mato Grosso do Sul vem demonstrando um crescimento notável, com o Valor da Produção Mineral (VPM) acumulado entre 2020 e 2024 atingindo R$ 11,8 bilhões. 

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o valor bruto da produção mineral no estado alcançou R$ 334,48 milhões, referente à extração inicial dos recursos antes do beneficiamento. Jaime Verruck, secretário da Semadesc, destacou que esse crescimento é um indicativo das riquezas minerais do solo sul-mato-grossense e da eficiência das empresas que atuam na região.

O beneficiamento mineral, que envolve o processamento e purificação dos materiais extraídos, foi responsável por R$ 11,21 bilhões no mesmo período. Segundo Verruck, esse número evidencia a importância do setor para a economia do estado e demonstra o avanço tecnológico que tem impulsionado a mineração local. Além disso, a produção de água mineral também se destacou, somando R$ 143,25 milhões.

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Arrecadação - Em termos de arrecadação, Mato Grosso do Sul posicionou-se como o 7º estado da Federação em 2023, com R$ 80,4 milhões em royalties da mineração. Corumbá e Ladário, municípios que abrigam importantes operações de empresas como MCR Mineração S.A e Votorantim Cimentos, foram os maiores contribuintes para a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) no estado, com destaque para a produção de minério de ferro, manganês, calcários e outras rochas.

Eduardo Pereira, coordenador de Mineração da Semadesc, reforçou que o setor de mineração de Mato Grosso do Sul segue em uma trajetória de crescimento contínuo. "As perspectivas são promissoras, com novos investimentos, avanços tecnológicos e a expansão das operações, posicionando o estado como um dos principais players no cenário nacional", afirmou.

Investimentos - Um exemplo desse dinamismo é a Lhg Mining, que opera nas minas de Santa Cruz e Urucum, em Corumbá e Ladário, e emprega 3.500 colaboradores. Em 2023, a produção de manganês na mina Urucum alcançou 450 mil toneladas, e a expectativa é de que essa quantidade se mantenha em 2024, com planos de atingir 1 milhão de toneladas em 2025.

A Lhg Mining também está investindo em tecnologias como a filtragem e empilhamento a seco, que reduz a necessidade de grandes barragens de rejeitos, minimizando riscos ambientais. A meta da empresa é elevar sua produção dos atuais 4,5 milhões de toneladas para 8 milhões até o final deste ano e 20 milhões até 2025, com foco em mercados internos, europeus e chineses.

Futuro - As perspectivas para o setor mineral de Mato Grosso do Sul são positivas. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o setor deve investir US$ 64,5 bilhões no Brasil entre 2024 e 2028, com uma parcela significativa destinada a projetos socioambientais e à transição energética. Eduardo Pereira ressaltou a importância da diversificação mineral no estado, com foco em minerais estratégicos como terras raras e lítio.

O governo do estado também planeja investir em infraestrutura logística, como a revitalização da ferrovia Malha Oeste e a melhoria da hidrovia do Rio Paraguai, para facilitar o escoamento dos minerais explorados. Além disso, projetos socioambientais estão sendo elaborados para garantir que o crescimento da mineração ocorra de forma sustentável e responsável.

*Com informações do Governo de MS

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