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Campo Grande, 16 de setembro

"O campeão voltou", Yeltsin Jacques chega em Campo Grande

Atleta quebrou recorde mundial e trouxe na mala as medalhas de ouro e de bronze conquistadas no Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Por Gerson Wassouf
06/09/2024 • 11h00
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O atleta sul-mato-grossense e campeão paralímpico na edição dos Jogos de Paris 2024, Yeltsin Jacques, chegou à Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (6). Ele e o guia, Guilherme Santos, foram recebidos na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiems) em Campo Grande, onde participaram de entrevista coletiva com a imprensa da capital. Os dois atletas falaram sobre as conquistas do bronze e ouro na França, com direito à quebra de recorde mundial, e sobre a preparação para os Jogos de Los Angeles em 2028.

Chegada de yeltsin foi celebrada na capital / Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG

"Eu fico muito feliz por ser recebido assim e por ser um exemplo no esporte para tantas pessoas. Tive muito apoio em Mato Grosso do Sul, foi muito treino, e eu e o Guilherme conseguimos concluir o nosso objetivo. Hoje voltar para com essas medalhas no peito é prova de que tudo valeu a pena", diz Yeltsin, que foi recebido e ovacionado em corredor formado por alunos da Escola Sesi.

 

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O atleta conquistou o bicampeonato paralímpico na prova dos 1.500 metros da classe T11 (para atletas com deficiência visual) com o tempo de 3min55s82. Yeltsin assegurou a medalha de ouro, além de quebrar seu próprio recorde mundial, superando a marca de 3min57s60 que havia estabelecido na Paralimpíada de Tóquio-2020.

Esta vitória marca a segunda medalha de Yeltsin em Paris 2024 e eleva o número total de suas conquistas paralímpicas para quatro, incluindo as duas medalhas de ouro obtidas em Tóquio. Aos 32 anos, Yeltsin solidifica sua posição como um dos maiores nomes do paratletismo mundial.
 

Guilher e Yeltsin após a conquista do ouro em Paris 2024 / Foto: Silvio Avila/CPB

"Para mim é uma honra correr ao lado do Yeltsin e uma alegria muito grande de conquistar essas medalhas. Foi ele quem me ensinou a guiar e se eu faço um bom trabalho hoje, se eu guio muito bem, é por conta dele. A gente confia muito um no outro e esse cara, quando entra em grandes competições, se transforma. Tenho certeza que vamos continuar bem para Los Angeles", disse o também atleta, medalhista paralímpico e guia de Yeltsin, Guilherme Santos.

 

Além do ouro de Yeltsin, o Brasil ainda fez uma dobradinha no pódio com Júlio César Agripino dos Santos, que conquistou a medalha de bronze na mesma prova. Júlio, que havia ganho o ouro nos 5.000 metros em Paris, reafirmou a força dos paratletas brasileiros nas competições de longa distância.

Yeltsin reforça que o trabalho continua firme para conquistar o ouro e, mais uma vez, quebrar o recorde mundial nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles em 2028.

Atletas em coletiva de imprensa nesta manhã / Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG

"A gente está muito feliz e por tudo alcançado, mas os objetivos continuam. A gente continua trabalhando. Agora, depois da Corrida do Pantanal já, a gente ia pra Bolívia fazer um treinamento em altitude. Para o 1.500 metros a expectativa é baixar 1 ou 2 segundos e quero reconquistar o recorde mundial nos 5 mil metros. Talvez, em preparação, eu volte a me aventurar em maratonas no ano que vem, Frankfut ou Londres. Já fui líder mundial na maratona e quem sabe a gente possa aproveitar no que vem pra correr de novo. O trabalho e os treinos não param", finaliza Yeltsin, medalhista paralímpico pela 4ª vez para o Brasil.

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