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Campo Grande, 07 de setembro

Quase dois mil focos de incêndio estão ativos nesta sexta-feira

Em Corumbá, fuligem se acumula sobre as casas. Escolas municipais próximas aos focos tiveram horário de aulas reduzido

Por Isabela Duarte
21/06/2024 • 07h30
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O Pantanal continua com grande número de focos de incêndio. Nesta sexta-feira (21), estão ativos 1.927 focos no bioma, em 74 propriedades rurais, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul.  Por hora, uma média de 540 hectares estão sendo destruídos pelo fogo.

As condições climáticas são agravantes para a propagação do fogo. Além da baixa umidade do ar, que deve ficar em torno dos 13%, algumas áreas do Pantanal estão marcando 37 °C e os ventos fortes também contribuem para que os focos reacendam minutos após serem apagados.

Além da densa fumaça, a fuligem se acumula sobre as casas e os moradores de Corumbá evitam abrir as janelas. Também por causa do fogo, algumas escolas municipais que ficam mais próximas do rio Paraguai, onde há um incêndio na margem oposta à cidade, tiveram redução no horário de aula em cerca de duas horas prezando pela saúde dos alunos.

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Nesta sexta-feira, o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado-Pantanal (Gretap), especializado em salvamento da fauna silvestre no Pantanal, afirma que as principais espécies afetadas pelo fogo são de répteis, anfíbios e aves, e que os animais, tanto silvestres quanto domésticos, estão fugindo para regiões que tem água nesse momento, principalmente por meio dos aceiros – trechos próximos às cercas das fazendas, onde a vegetação foi retirada com tratores para evitar a entrada do fogo.

Por causa do aumento dos incêndios na região pantaneira, o Brasil lidera o ranking de queimadas entre os países da América do Sul, hoje com 80% dos registros. Nessa quinta-feira (20), esse índice era de 75%. Os números aumentam a cada dia no monitoramento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

O Programa Queimadas aponta também que o número de focos de incêndios no Pantanal neste ano já supera o registrado no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas em todo o bioma, quando cerca de 26% do bioma foi consumido pelo fogo 

Neste ano, a temporada das chamas, que começaria em julho, chegou mais cedo e os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1127%, quando comparado ao mesmo período de 2023.

 

 

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