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Campo Grande, 19 de setembro

Quatro réus são condenados por assassinato de 'Playboy' em Campo Grande

Mandante do crime recebeu pena de 15 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe

Por Karina Anunciato
19/09/2024 • 10h00
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Os quatro réus do segundo julgamento da Operação Omertá foram condenados na madrugada desta quinta-feira (19). A ação é sobre a execução de Marcel Colombo, conhecido como "Playboy da Mansão". O empresário foi morto a tiros, em 2018, em um restaurante de Campo Grande.  A sentença foi anunciada quase duas da manhã, de hoje.

Cada um dos réus recebeu a sentença conforme sua participação no crime. Jamil Name Filho - considerado o mandante do crime - foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e de maneira a dificultar a defesa da vítima em regime fechado.

Marcelo Rios, apontado como responsável por planejar e contratar pistoleiros para executar Marcel, foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado. 

Everaldo Monteiro de Assis, foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado e a perda do cargo de policial federal. Ele ainda pode recorrer da sentença em liberdade. 

Rafael Antunes, foi condenado a dois anos e seis meses em regime aberto por ocultação de arma de fogo.

Logo depois da sentença, o presidente do Tribunal do Júri - o juiz Aluízio Pereira dos Santos - falou sobre os últimos dias de trabalho. 

"É uma página virada aqui. Essa Operação Omertá, de forma que os processos afetos a mim estão encerrados, não tem mais nada a ser julgado, com a condenação dos referidos acusados [...] resultado foi bom, sim, a resposta foi boa, que os jurados deram. Aí, obviamente, a fixação da pena fica à carga do juiz e tem um critério objetivo, conforme a participação, a motivação do crime, quer dizer, teve o crime, mas teve o motivo também. É diferente do caso daquele jovem, o Matheus, que morreu no lugar de outra pessoa, não havia ali um motivo. Foi um fuzil aqui. Então, esse crime foi um pouco diferente. Mas a importância é que a sociedade dê uma resposta e uma condenação boa", explicou o juiz.

O caso Matheus, é uma referência ao primeiro julgamento da Operação Omertá, em julho de 2023, sobre o assassinato do estudante de direito, Matheus Xavier, executado em abril de 2019. O rapaz foi morto em frente de casa, ao ser confundido com o pai, considerado alvo da emboscada.

Esse caso é considerado de grande repercussão no estado devido ao fato de que a Operação Omertá foi deflagada pelo Ministério Publico Estadual para apurar crimes de organização criminosa e formação de milícia, extorsão, posse e porte ilegal de armas, jogos de azar e outros conexos a essas atividades ilícitas.

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