RÁDIOS
Campo Grande, 07 de julho

Queimada científica da UFMS devastou 161 hectares no Pantanal

Relatório do Ministério Público Estadual apontou que inúmeras propriedades rurais foram ponto de partida para incêndios no Pantanal

Por Fernando de Carvalho
04/07/2024 • 07h30
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Um relatório do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPMS) revelou que 13 propriedades rurais foram identificadas como pontos de partida de incêndios que devastaram o estado nos últimos meses. Entre elas, chama a atenção o caso de uma fazenda onde a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realizava uma queimada científica.

O estudo, que visa compreender o comportamento do fogo no bioma, teve suas chamas saindo do controle e atingindo uma propriedade vizinha. Segundo o Ministério Público, foram queimados 161 hectares. 

Brigadistas do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e do Prevfogo acompanhavam a queima, mas não conseguiram contê-la. O estudo foi solicitado pelo Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Até o momento, tanto a UFMS quanto o IMASUL não se pronunciaram publicamente sobre o caso. O MPMS ainda investiga as causas do acidente e possíveis responsabilidades.

O relatório do MPMS contradiz a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que relacionou o desmatamento ao aumento de focos de incêndio. "No informativo, consta que apenas um polígono de ignição de fogo começou próximo à área recentemente desmatada, afirmando ser difícil inferir a relação entre desmatamento e início de incêndios", aponta o documento.

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