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Marquinhos Trad presta depoimento sobre assédio sexual na Capital

Um dos locais onde os crimes teriam ocorrido é o gabinete do chefe do Executivo, alvo de busca da polícia na campanha eleitoral

Por Eduardo Penedo
18/10/2022 • 14h12
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O ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) prestou depoimento na manhã desta terça-feira (18) sobre as investigações de assedio sexual na qual ele é suspeito. O depoimento ocorreu, por volta das 10h30, na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), localizado na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande.

O candidato derrotado nas eleições majoritárias foi alvo de 16 denúncias de assédio sexual, que envolvem, inclusive, a oferta de emprego a mulheres usando cargos públicos em troca de sexo. Trad chegou na delegacia acompanhado de sua advogada.

A princípio o inquérito apontava 16 supostas vítimas, mas a Justiça determinou o arquivamento em razão da prescrição dos fatos denunciados ou a não identificação de crimes a serem punidos, no total só três denuncias foram acatadas pela Justiça.

Durante as investigações, um servidor chegou a ser preso por coagir vítimas a mudarem seu depoimento. O então candidato a governador chegou a ser intimado duas vezes para prestar depoimento, mas não compareceu pedindo um adiamento com a justificativa que iria se apresentar logo após as eleições.

A Deam, no dia 9 de agosto, chegou a cumprir dois mandados de busca e apreensão, na Prefeitura de Campo Grande, onde foram apreendidos dois computadores, além de documentos.

Entenda o caso

O inquérito que investiga o ex-prefeito e atual candidato ao governo do Estado pelo PSD, Marquinhos Trad, e mais três homens ligados ao político, sendo um deles um servidor concursado na área da segurança pública, foi instaurado em julho deste ano e apura crimes de estupro, favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual, assédio sexual, importunação sexual, perseguição, posse sexual mediante fraude e vias de fato.

As investigações estão sob segredo de justiça e até o momento pelo menos 16 mulheres já teriam prestado depoimento à polícia. Logo após o caso vir a público, o ex-prefeito admitiu que teve relações extraconjugais com algumas das mulheres que o denunciaram, mas negou os crimes.

A defesa do ex-prefeito alega que os depoimentos são falsos e que Marquinhos estava sendo alvo de uma armação política.

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