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Abandono condena alojamento doado por empresa ao município

Local construído pela fábrica de papel e celulose Fibria é alvo de vandalismo e de furtos

Galpões tiveram até paredes danificadas e transformadores de energia foram destruídos - Claudio Pereira/JP
Galpões tiveram até paredes danificadas e transformadores de energia foram destruídos - Claudio Pereira/JP

Um galpão construído pela empresa Fibria, fabricante de papel e celulose, na estrada que dá acesso a Brasilândia, para abrigar trabalhadores na época de sua instalação em Três Lagoas, em 2009, é alvo de ladrões e vândalos. O imóvel, que ocupa área de mais de 20 mil metros quadrados, tem salas, móveis e equipamentos destruídos. 

Uma mesa de sinuca, dezenas de móveis e até transformadores de energia foram atacados por vândalos. Tudo está pelo chão, avariado, sem aproveitamento. Torneiras, parte da fiação e utensílios de cozinha foram roubados. A maioria das vidraças está quebrada e há muita sujeira em locais onde, durante a instalação da empresa, trabalhadores podiam descansar e fazer refeições. 

Em maio deste ano, projeto aprovado na Câmara de Três Lagoas autorizava a devolução do local à Fibria.

Ontem, a empresa emitiu uma nota – a pedido da reportagem – para afirmar que não tem interesse no imóvel, que foi doado ao município e que tem sua documentação em cartório em fase de regularização. 

Na nota, a empresa afirma sua posição: “A Fibria efetuou a doação do alojamento à prefeitura (…) em junho de 2009, conforme o Projeto Básico Ambiental aprovado pelo Imasul para as licenças de instalação e operação da primeira linha de produção de celulose da empresa na cidade. Portanto, desde essa data, o local não pertence mais a empresa. A lavratura da escritura deste imóvel está em trâmite junto ao cartório de Três Lagoas”. 

A assessoria de comunicação da prefeitura informou ontem que a regularização do imóvel estaria em andamento na Secretaria Municipal de Finanças, responsável pelo patrimônio público municipal. Também revelou que um boletim de ocorrência policial foi registrado nesta terça-feria sobre os furtos e a depredação ocorridos no alojamento. 

O secretário da pasta, Fernando Pereira, não atendeu pedidos de entrevista, feitos ontem à tarde.