A companhia Aérea Azul informou que devido à falta de instrumentos de auxílio à navegação como procedimentos IFR-IMC, não é possível implementar voos noturnos no Aeroporto Municipal Plínio Alarcon em Três Lagoas, o que restringe a inclusão de novos voos ofertados pela companhia na cidade.
Quanto à previsão de aumento no número de voos, a companhia informou que está sempre avaliando novas possibilidades de incremento em sua malha. Atualmente, a empresa opera em Três Lagoas com um voo de segunda a sexta, com conexão direta para Viracopos.
Conforme a Superintendência do aeroporto de Três Lagoas, a Azul Linhas Aéreas não fez nenhuma solicitação de voo noturno até o momento. Mesmo assim, a administração municipal informou que tem realizado levantamentos de custos e necessidades para a instalação do sistema que permite o pouso mesmo em condições noturnas.
Para implementar voos noturnos, bem como ter operação de aeronaves com maior capacidade de passageiros, o aeroporto de Três Lagoas precisa se adequar. Atualmente, o aeroporto funciona por “voo visual”, quando o piloto tem completa visualização do que está do lado de fora do avião e se orienta por referências visuais externas.
Para ter voos noturnos é necessário um amplo estudo da área do aeroporto, que ao invés de referências visuais, o piloto se baseia nos computadores de bordo da própria aeronave, que vão muito além de uma bússola ou altímetro. São instrumentos que “conversam” com outros receptores/emissores localizados no solo ou em satélites e orientam as aeronaves no ar, como no caso do voo em piloto automático ou da orientação espacial. Além de voo noturno, a operação por instrumento é importante para evitar o cancelamento de voos e mudanças na rota, devido questões climáticas como nebulosidade, chuva e nuvens baixas.
Em nota, a prefeitura informou que a respeito do voo por instrumento, ainda está na fase de levantamento, por isso, não há uma data específica para a instalação.
Atualmente, a Azul opera em Três Lagoas com uma aeronave modelo ATR 72-600, com capacidade para até 70 passageiros. Os voos quase sempre estão com 100% de sua capacidade. Para receber aeronave com capacidade maior, o aeroporto também precisa de adequação. É preciso remover os obstáculos que estão no eixo da pista de pouso e decolagem.
Alguns dos obstáculos são os hangares existentes no aeroporto. A prefeitura chegou anunciar que iria construir novos hangares para atender a demanda das aeronaves que ficam no local, e que funcionaria por meio de concessão, mas o projeto ainda não saiu do papel. Em nota, informou que essa questão ainda está em estudo.