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Agronegócio é o único a fechar com saldo positivo de geração de empregos

Nos primeiros seis meses do ano, Três Lagoas fechou mais de mil postos de trabalho com carteira assinada

Somente no mês passado, o setor do agronegócio gerou 91 novos postos de trabalho - Ilustração
Somente no mês passado, o setor do agronegócio gerou 91 novos postos de trabalho - Ilustração

O setor do agronegócio foi o único a encerrar o primeiro semestre deste ano com saldo positivo na geração de empregos formais em Três Lagoas. De janeiro a junho, foram 148 novos postos de trabalho com carteira assinada criados no setor.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego), boa parte desse saldo deve-se ao comportamento apresentado pelo segmento econômico no mês passado. Em junho, a agropecuária registrou 1.338 admissões contra 1.314 demissões, o que equivale a um saldo positivo de 91 novos empregos.

Aliado à construção civil, que começou a apresentar recuperação depois de cinco meses com altos índices de demissões, a agropecuária ajudou a manter o saldo de geração de empregos em Três Lagoas no “azul” em junho. Ao todo, foram 24 novos empregos no estoque, o segundo saldo positivo em todo o ano.

O resultado só não foi melhor devido ao comportamento da indústria, que fechou 200 postos de trabalho no mês passado. A construção civil, no entanto, encerrou o mês passado com 103 novos empregos com carteira assinada no estoque, graças ao início das obras de ampliação das fábricas de celulose Eldorado Brasil e Fibria. Além dele, a expansão das indústrias também pode ter colaborado com o reaquecimento do setor de serviços, que gerou 37 novos empregos no estoque somente em junho.

ESTADO

O comportamento apresentado em junho fez com que a cidade saltasse da última para a sétima colocação no ranking estadual do Caged, que afere o comportamento do emprego formal nos municípios com mais de 30 mil habitantes de Mato Grosso do Sul. A primeira colocação ficou para Dourados, com 241 novos empregos formais gerados em junho. Já a última colocação foi ocupada por Campo Grande, com 697 postos de trabalho fechados no mesmo período

ANO

Entretanto, o resultado não foi suficiente para fazer com que Três Lagoas perdesse o título de cidade com maior índice de demissões neste primeiro semestre. De janeiro a junho, o município fechou 1.071 postos de trabalho com carteira assinada. Com exceção do setor agropecuário, único a fechar o semestre com saldo positivo, a construção civil fechou 737 postos de empregos formais neste seis primeiros meses, seguida da indústria da transformação, que obteve saldo negativo de 237  vagas fechadas no mesmo período. Já no comércio, forma 162 vagas cortadas de janeiro a junho e no segmento de serviços, outras 69 vagas. A extração mineral, embora com menor força no município, também registrou queda de 12 postos de trabalho fechados nos seis primeiros meses do ano.

Em todo o Mato Grosso do Sul, foram 236 postos de trabalho fechados, entre novas contrações e demissões. O índice é o pior nos últimos nove anos. A última vez que o estado obteve saldo negativo de geração de empregos em um mês de junho havia sido em 2006, quando 485 postos de trabalho haviam sido fechados.