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Além de obras inacabadas, empresa deixa trabalhadores sem pagamento em Três Lagoas

Trabalhadores estão há dois meses sem receber

Trabalhadores estão há dois meses sem receber  - Elias Dias
Trabalhadores estão há dois meses sem receber - Elias Dias

Além das inúmeras obras inacabadas em diversos bairros da cidade, a empresa Serra Engenharia deixou cerca de 40 trabalhadores sem pagamento em Três Lagoas. Há dois meses, os funcionários da empresa que executava obras de implantação de rede de esgoto e construção de estação elevatória estão sem receber. Alguns foram demitidos e já assinaram a rescisão de contrato; outros continuam com vínculo com a empresa. Nos dois casos, a Serra Engenharia não efetuou os pagamentos que deve.  

Na manhã de ontem, um grupo de trabalhadores procurou o Grupo RCN de Comunicação para relatar o drama que estão vivendo e as dificuldades que estão encontrando para receber o que lhes é de direito. Manoel Carlos Silva disse que está passando por dificuldades em razão de não ter recebido o salário. Já Edmilson da Silva e está com o aluguel atrasado há dois meses e não sabe como vai pagar.

O operador de retroescavadeira, Odair Ferreira de Souza, disse que não recebeu comunicado de demissão por parte da empresa, mas também não teve um posicionamento sobre o pagamento e a situação deles. Souza contou que a empresa retirou os maquinários que estavam no pátio do escritório que funcionava na Vila Piloto. “A empresa não dá satisfação. Já recolheram os maquinários e os trabalhadores estão sem ter a quem recorrer. A empresa alega que não recebeu da Sanesul e da Agesul, por isso não paga a gente. Agora, nós que trabalhamos certinho, que não temos nada a ver com isso, estamos sem receber”, reclamou.

O secretário estadual de Infraestrutura do Mato Grosso do Sul, Marcelo Miglioli, já havia antecipado durante entrevista à rádio Cultura FM no mês passado, que o governo do Estado estava providenciando a rescisão unilateral de contrato com a empresa Serra Engenharia e aplicando as penalidades previstas em contrato e na lei. Segundo o secretário, a empresa não cumpriu o cronograma de execução das obras e, portanto, o governo já estava analisando a possibilidade de convocar a empreiteira que ficou em segundo lugar no processo de licitação para concluir os serviços.