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Alheia à crise econômica, Fibria lança projeto de R$ 7,7 bi

Expansão oficializada ontem é um dos maiores investimentos privados do Brasil atualmente; presidente não veio à solenidade

Solenidade aconteceu na manhã desta sexta - Danilo Fiuza
Solenidade aconteceu na manhã desta sexta - Danilo Fiuza

Em meio à crise econômica nacional e sem a presença da presidente Dilma Rousseff (PT), a empresa Fibria lançou oficialmente, ontem, o projeto Horizonte 2, que prevê investimento de R$ 7,7 bilhões na construção da segunda linha de celulose da unidade de Três Lagoas. O presidente da empresa, Marcelo Castelli, afirmou que o projeto em execução já é uma realidade. 
“A gente tem fé e confiança que esse momento que o Brasil está vivendo agora não vai perdurar por muito tempo, e todos podem ficar tranquilos que esse projeto é uma realidade. Dizem os inteligentes, que a gente deveria crescer no meio da crise, que é onde estão as oportunidades. Nós já havíamos tomado uma decisão e amadurecemos com esse projeto ao longo do tempo. Esse é o maior investimento da iniciativa privada acontecendo no País”, destacou Castelli.

&saibaCerca de mil pessoas já estão trabalhando no canteiro de obras. Mas, segundo o diretor do empreendimento, Júlio César, o pico da construção está previsto para novembro do ano que vem, período em que deve haver a contratação de oito a dez mil trabalhadores. Ao longo dos dois anos de execução do projeto, serão criados cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos. Quando entrar em operação, no último trimestre de 2017, a nova linha de celulose da Fibria terá 3 mil postos de trabalho. 

Com a expansão, a unidade terá sua capacidade de produção ampliada de 1,75 para 3,05 milhões de toneladas de celulose/ano. Estão previstos R$ 450 milhões de arrecadação de impostos durante a construção.

AUTORIDADES
O lançamento da pedra fundamental não contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, que cancelou sua agenda de ontem, em consequência do agravamento do estado de saúde de sua mãe, Dilma Jane Rousseff. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, representou a presidente. O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), participou da  solenidade.

Também participaram os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, dos deputados federais, Dagoberto Nogueira, Eliseu Dionísio, Tereza Cristina, Vander Loubet, e Zeca do PT, além do presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ/MS), João Maria Loes, e dos deputados estaduais Ângelo Guerreiro e Eduardo Rocha.

AGRADECIMENTO
Em discurso, a prefeita Márcia Moura (PMDB) agradeceu à Fibria pelo investimento e as oportunidades que a empresa proporciona ao município. “Em meio a essa crise, a empresa contribui com a geração de empregos, com o comércio e o desenvolvimento do nosso município”, frisou.

Kátia Abreu lamentou a ausência de Dilma e leu o discurso da presidente, destacando a importância desta fábrica de celulose e do montante a ser investindo, além da contribuição que dá ao país na geração de empregos. “Um investimento desta magnitude somente é realizado quando as perspectivas de rentabilidade e crescimento são muito boas. Afinal, nenhum empresário investe se não tiver confiança de que terá retorno dos recursos aplicados. Por isso, esse investimento é, acima de tudo, confiança da Fibria em Três Lagoas, no Estado e no Brasil”, destacou.

Reinaldo Azambuja também ressaltou a importância do projeto. “São nesses momentos difíceis que temos que ter as parcerias, inclusive sermos criativos em trocar o imposto pelo emprego”, destacou. A senadora Simone Tebet destacou a importância do projeto para a economia nacional, com destaque para Três Lagoas e Estado.