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Apicultores recebem orientações para combate ao Pequeno Besouro das Colmeias

Objetivo é minimizar os prejuízos aos mais de 800 apicultores, diz Luciano

Em Mato Grosso do Sul, estão cadastrados na Iagro oitocentos e quarenta e oito apicultores que trabalham com 19 mil colmeias - Divulgação
Em Mato Grosso do Sul, estão cadastrados na Iagro oitocentos e quarenta e oito apicultores que trabalham com 19 mil colmeias - Divulgação

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) emitiu uma nota técnica para tratar da ocorrência do Pequeno Besouro das Colmeias no Estado. A nota detalha as medidas que buscam minimizar os prejuízos aos apicultores.

Segundo explicou o diretor presidente da Agência, Luciano Chiochetta, a ocorrência do Pequeno Besouro das Colmeias foi detectada em Mato Grosso do Sul por meio de exame de Reação em Cadeia da Polimerase – PCR, conforme laudo oficial emitido pelo Laboratório Nacional Agropecuário – LANAGRO/MG, pertencente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A confirmação veio com a análise morfológica de amostras de besouros, realizada pelo Laboratório de Entomologia do Instituto Biológico de São Paulo.

O objetivo, segundo Luciano, é minimizar os prejuízos aos mais de 800 apicultores, orientando-os conforme a Nota Técnica do Ministério que prescreve medidas para o controle da infestação. “Neste período de alerta estamos intensificando as ações de vigilância, através do trabalho de educação sanitária e o controle de transito”, completou.

A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Apícola (PNSAp) do Estado, Noirce Lopes da Silva, orienta os apicultores a ficarem atentos, utilizarem boas práticas apícolas e se não estiverem cadastrados no sistema da Iagro, o façam o quanto antes. “É fundamental que os produtores cadastrem suas colmeias aqui na Agência, para que possamos passar as devidas orientações, fortalecer a atividade e juntos evitar novas infestações”.

Na nota, a Agência orienta que a instalação dos apiários seja realizada em local de solo seco e rígido, para dificultar a multiplicação dos besouros, e pede para que os produtores mantenham os enxames fortes e inspecionados, adotem boas práticas de manejo apícola, como a raspagem do acúmulo de cera e própolis, substituição de favos velhos e quarentena de novas colmeias e enxames capturados.

O trânsito de colmeias ou suas partes, povoadas ou não, de uma área de ocorrência para uma área sem registro do besouro deve ser evitada e segundo Noirce, em caso de suspeita de presença do besouro, o produtor deve avisar a agencia imediatamente para que as medidas sanitárias sejam tomadas com maior rapidez.

Em Mato Grosso do Sul, estão cadastrados na Agência oitocentos e quarenta e oito apicultores que trabalham com 19 mil colmeias. Nove entrepostos estão sob inspeção estadual, envasando anualmente cerca de 22 toneladas de mel.

Pequeno Besouro das Colmeias

Pequeno Besouro das Colmeias

Aethina tumida é originária da África subsaariana e chegou à América pelos Estados Unidos e, em outubro de 2007, foi registrado o primeiro caso em países da América Latina, mais precisamente no México. Conforme informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Pequeno Besouro das Colmeias foi oficialmente registrado no Brasil em 2016.

Conforme relatado em outra nota técnica do Ministério, em condições favoráveis de clima e susceptibilidade das colmeias e enxames fracos, o besouro pode causar danos e prejuízos. Na fase larval se alimenta dos produtos das colmeias (mel, favos de cria e pólen), afetando a estrutura e organização do enxame. O besouro pode viver na natureza, sobreviver até duas semanas sem comer, voar até 13 quilômetros de distância de seu ninho, sendo capaz de se dispersar rapidamente e invadir novas colmeias. Com informações da Iagro)