A Prefeitura de Três Lagoas arrecadou R$ 619,4 milhões no ano passado. Desse total, R$ 47,9 milhões foram deduzidos ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e a receita líquida foi de R$ 571,4 milhões, o equivalente a R$ 47,5 milhões por mês, ou R$ 1,6 milhão por dia.
A receita foi de R$ 134 milhões acima dos R$ 485 milhões previstos no orçamento original, segundo dados divulgados nesta semana, durante audiência para prestação de contas.
Para 2019, o orçamento previsto é de R$ 530 milhões – abaixo do total de 2018. Entretanto, mantendo ritmo de anos anteriores, deve ultrapassar o valor previsto e chegar a R$ 700 milhões.
Há dois anos, por exemplo, o município arrecadou R$ 539,2 milhões – 9,5% a mais que os R$ 492,6 milhões orçados para o ano. Em 2016, a receita foi de R$ 515,7 milhões, com superávit de R$ 100 milhões se comparado a 2015, quando a arrecadação somou R$ 414,3 milhões. Em 2006, por exemplo, a cidade tinha arrecadação de R$ 88,5 milhões.
Do orçamento de 2018, R$ 201,9 milhões saíram de receitas próprias (ISS e taxas), R$ 186,1 milhões de repasses do Estado e R$ 110,2 milhões da União.
Do total líquido, a prefeitura utilizou R$ 228,9 milhões com salários de servidores – 45% do orçamento. O limite máximo permitido para a folha de pagamento é de 54%. A receita para investimentos foi de R$ 45,4 milhões.
Apesar de reconhecer que o município tem uma arrecadação considerável, o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) ressalta que o orçamento é "engessado" porque boa parte vai para Educação, Saúde e folha de pagamento, sobrando pouco para investimentos.