Segundo o economista, Hudson Garcia, o aumento do salário mínimo, aprovado pelo Governo Federal, que passará a ser de R$ 1.412, a partir de 1º de janeiro de 2024, teve como base a variação da inflação dos últimos dose meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos, o que representa o ganho efetivo de 6,85% em relação a 2023.
Na avaliação do economista, o incremento da variável do PIB gera um leve aumento no poder de compra para quem recebe o pagamento indexado ao salário mínimo, mas depende da cesta de consumo de cada consumidor. “Um aposentado, por exemplo, que possui renda pelo INSS (Instituto Nacional Seguro Social) e utiliza muito seus recebimentos para cuidar da saúde, neste caso, a inflação acumulada de 2023 para compra desses produtos foi de 6,6%, logo o aumento do salário mínimo não surtirá efeito nenhum na sua renda, neste momento”, avaliou.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, o salário mínimo é a referência de pagamento para 54 milhões de pessoas, dos quais aproximadamente 23 milhões são impactados diretamente pelo reajuste, pois recebem este valor ou múltiplos dele. Porém, para muitos trabalhadores o reajuste ainda é pouco e não acompanha o aumento de preços do mercado.
Para o líder de expedição, William Souza, o valor do aumento não é significativo. “Não é um valor justo. Deveria ser um valor maior, até mesmo por causa da inflação e dos altos custos, hoje em dia. Deveriam dá um ajuste melhor”, ressaltou. Já para o auxiliar de produção, Diego Andrade, o reajuste do salário mínimo não deve trazer tantos benefícios ao trabalhador. “O salário mínimo aumento um pouco e as coisas aumentaram além”, reclamou.
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