O sindicato dos bancários de Três Lagoas decidiu, ontem à noite, aderir à greve nacional convocada por líderes da categoria, prevista para começar terça-feira, dia 6. A decisão acompanha sindicatos de Brasília, Porto Alegre, Campo Grande e de regiões do Estado de São Paulo, que também realizaram assembleias.
A decisão de paralisar o atendimento ocorre depois de negociação frustrada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em que os bancários receberam uma proposta de 5,5% de reajuste nos salários, com mais R$ 2.500 de abono fixo. A categoria, entretanto, exige reajuste salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real e 9,88% referentes à perda da inflação, além de outros benefícios.
A presidente do sindicato tres-lagoense, Thelma Canisso, disse que a decisão pela greve foi induzida pelo posicionamento da Fenaban. “Não nos sobrou nenhuma outra alternativa, senão partir para o confronto, porque a diferença entre a pauta de reivindicações e o que foi oferecido é muito grande”, afirmou, pouco depois da assembleia que reuniu aproximadamente 70 trabalhadores do setor na cidade.
Pelos cálculos dos sindicalistas, a “perda real de 4%” significa que um bancário que recebe o salário médio da categoria iria perder no ano R$ 1.983 em relação a uma proposta que apenas cobrisse a inflação.
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, que também é uma das coordenadoras do comando nacional, esse foi o pior índice oferecido pelos bancos desde 2004.
“Perda real não é condizente com os resultados dos bancos, com lucro líquido de R$ 36,3 bilhões nos últimos seis meses”, disse ela por meio da assessoria de imprensa do sindicato.
A categoria teve aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
ORIENTAÇÕES
De acordo com o Procon-SP, o consumidor continua com a obrigação de pagar contas em dia desde que haja locais e meios definidos para isso, como pela internet e casas lotéricas.
Para evitar a cobrança de multas ou juros e até o envio do nome a serviços de proteção ao crédito, o Procon recomenda que o consumidor procure por credores e peça opções de formas e locais para efetuar pagamentos.