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Beneficiários do ‘bolsa’ chegam a 4% em Três Lagoas

Mais de 4,5 mil famílias da cidade recebem o benefício do governo federal

Valor total de recursos financeiros pagos em Três Lagoas às famílias chegam a R$ 680 mil - Arquivo/EBC
Valor total de recursos financeiros pagos em Três Lagoas às famílias chegam a R$ 680 mil - Arquivo/EBC

Quatro por cento da população de Três Lagoas possui benefício do programa Bolsa Família, do governo federal. Isto significa 4.584 famílias, segundo  dados são do Cadastro Único para Programas Sociais, referente a maio deste ano. Em comparação ao mesmo mês de 2015, o número de beneficiários cresceu 26,2%, para 3.630 famílias.

A partir do dia 17 deste mês o benefício será pago com reajuste de 12,5%. Com os valores reajustados, a renda mensal per capita das famílias enquadradas na linha da pobreza, passa de R$ 154 para R$ 170. O decreto do reajuste foi assinado na semana passada pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB). 

Antes de ser afastada, a presidente Dilma Rousseff (PT) havia anunciado um reajuste médio de 9% no benefício, que seria pago a partir de junho. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o último reajuste do Bolsa Família foi em 1º de maio de 2014.  

Cerca de 14 milhões de famílias recebem atualmente o benefício no país. O pagamento médio do programa é de R$ 164 mensais por família. O reajuste no benefício vai causar impacto de R$ 2,5 bilhões por mês na folha de pagamento. O valor total de recursos financeiros pagos em benefícios às famílias, em Três Lagoas, em maio, por exemplo, foi de R$ 680 mil.

FAMÍLIA
A dona de casa Márcia Máximina, de 52 anos, recebe R$ 230 de benefício por mês. Ela, que tem três filhos, disse que o programa é muito importante e ajuda muito no sustento da família.

“E como ajuda, sem esse benefício ficaria difícil”, ressaltou. Ela cuida da filha que é deficiente e, para ajudar na renda, ela passa roupa para fora.

“Após assumir interinamente, Temer disse que avaliaria os cortes orçamentários da última gestão antes de definir o reajuste.

“No Brasil, tem gente rica, de classe média, gente pobre e na extrema pobreza. Enquanto houver extrema pobreza, é preciso ter programas dessa natureza. Mas o objetivo é, num dado momento, ser desnecessário o Bolsa Família, essa é a intenção”, declarou Temer.