O governo boliviano anunciou que o poço Margarita tem capacidade para fornecer 3 milhões de m³ de gás natural por dia. Essa é a maior capacidade em um único poço para o país vizinho. A reserva está concentrada na região de Oruro, entre os Departamentos de Tarija e Chuquisaca.
A exploração no local acontece com convênio entre a YPFB, estatal boliviana equiparada a Petrobras, e a empresa energética espanhola Repsol.
As escavações na região começaram neste ano e o anúncio foi feito após estudos para identificar a capacidade do poço. A divulgação sobre a capacidade de produção foi feita pelo próprio presidente boliviano Luis Arce.
Atualmente, a Bolívia está com defasagem para fornecimento de gás natural no contrato de exportação que tem com a Petrobras, via gasoduto Brasil-Bolívia. O país vizinho, algumas vezes, reduz a exportação por problemas técnicos.
Além disso, o gasoduto tem capacidade de transportar 10 milhões de m³ dia, quantidade essa que está ociosa, apesar de haver demanda no Brasil.
Mato Grosso do Sul monitora a situação porque a importação de gás natural gera interesse local. A nacionalização da molécula é feita em Corumbá.
Com ICMS, Mato Grosso do Sul tem possibilidade de receber valor superior a R$ 1 bilhão. Em 2019, a arrecadação com o gás natural representou 30% do total obtido com o imposto.
O governo boliviano ainda não divulgou quando esse poço será operacionalizado para a venda do gás natural.