Um dos itens mais importantes na rotina doméstica, o botijão de gás de cozinha (GLP P-13) de 13 quilos, passa, a partir de hoje, a ser comercializado 25% mais caro. O valor médio, em Três Lagoas, é de R$ 59 (incluindo tarifa de entrega) e R$ 54, se retirado na portaria do estabelecimento comercial. O proprietário de uma revendedora da cidade, Wellinton Rezende, informou à reportagem do JP que o produto, antes vendido por R$ 48, hoje passa a ser cobrado R$ 60. Esse já é o segundo reajuste que o produto sofre em menos de uma semana.
Antes dos dois aumentos, o preço médio do botijão de gás de cozinha em Três Lagoas era de R$ 43, se retirado na portaria, e de R$ 47 com a entrega incluída. O aumento representa quase R$ 12 no bolso do consumidor.
Conforme divulgado nesta terça-feira, 1º, pelo Jornal do Povo, o preço do gás de cozinha passaria por um reajuste de 10% decorrente do dissídio coletivo dos trabalhadores dos derivados do petróleo; do aumento de encargos das distribuidoras, repassados às revendedoras e da elevação da pauta fiscal do gás, formulado pelo Sindicato das Micro e Pequenas empresas de Gás Canalizado e Similares de Mato Grosso do Sul (Simpergasc). Ontem, 1º, o produto foi alvo de outro reajuste, desta vez aprovado pela Petrobras.
A instituição informou, em nota à imprensa, que o aumento no preço do botijão de gás é de 15%. De acordo com a Petrobras, este é o primeiro aumento do preço do gás de cozinha desde dezembro de 2002.
Conforme Rezende, ao contrário do primeiro reajuste, que é algo previsível e acontece anualmente, o reajuste autorizado pela Petrobras assustou os comerciantes locais. “Em agosto a categoria já começa a se preparar para o aumento que ocorre sempre em setembro, mas confesso que me surpreendi com mais este de 15%”, afirma.
CONSUMIDOR
Ontem, 1º, o JP informou o aumento em 21,76% da tarifa da água que será cobrada a partir de outubro em Três Lagoas. Agora, com mais esse aumento, os três-lagoenses terão de economizar ainda mais. Para a dona de casa Maria Carvalho, natural de Belo Horizonte (MG), o custo de vida em Três Lagoas é muito mais alto que o de sua cidade natal e ela tem dificuldades em poupar. “A cada dia é uma coisa que fica mais cara. Não tenho mais de onde economizar”, relata.
“O jeito vai ser estocar botijões em casa o mais rápido possível, antes que o produto fique mais caro em todas as revendedoras da cidade”, afirma Aparecida Costa, recepcionista.