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Calor provoca sobrecarga de energia e deixa centro da cidade no escuro

Rede de energia no Centro não suporta uso intenso de condicionadores

Sobrecarga da rede elétrica causou ‘apagão’ de quase duas horas - Elias Dias/JP
Sobrecarga da rede elétrica causou ‘apagão’ de quase duas horas - Elias Dias/JP

Comerciantes e moradores do centro da cidade ficaram por quase duas horas sem energia elétrica. Vários lojistas foram obrigados a fechar as portas mais cedo por falta de energia elétrica em seus estabelecimentos comerciais. O ‘apagão’foi registrado por volta das 16h20 e durou pouco mais de duas horas.

A situação causou o descontentamento em vários comerciantes. A empresária Sandra Juliana de Morais Rimolí foi uma das que teve que fechar a loja mais cedo por conta da falta de energia – no horário do apagão, já estava escuro. Ela disse que essa não era a primeira vez que isso aconteceu, e que teria que retornar a loja depois que a energia fosse reestabelecida para desligar os aparelhos que tinham ficado ligados antes de faltar à energia. Outra comerciante que pediu para não citar o nome disse também que fechou a loja mais cedo pelo mesmo motivo.      

Segundo o especialista comercial da Elektro, Nilton Azambuja, a falta de energia na área central ocorreu devido à sobrecarga na rede de energia elétrica. Isso ocorre, explicou, quando muitos aparelhos, entre eles, o ar-condicionado, estão ligados ao mesmo tempo. “As pessoas vão ligando todos os aparelhos de uma única vez, sem comunicar a Elektro, principalmente o ar-condicionado com esse calor, daí ocorre esse tipo de problema. Foi um caso isolado de sobrecarga na rede”, ressaltou o consultor da Elektro.

Azambuja explicou que a falha no abastecimento ocorre porque a capacidade do padrão de energia é inferior à quantidade de aparelhos que são ligados no imóvel. “O padrão acaba sendo inferior diante da quantidade de energia que é consumida no imóvel. As pessoas vão adicionando carga no padrão e não comunica esse aumento do consumo à empresa. Isso, inclusive, pode provocar incêndio na instalação elétrica, além de queimar o fusível  do transformador” alertou.

Quando ocorre esse tipo de situação, como a de ontem, o especialista comercial da Elektro disse que não tem como a empresa saber a quantidade de clientes que foram afetados. “O problema de hoje [ontem], por exemplo, foi em setor de transformador e não no alimentador, portando não é culpa da Elektro, mas sim da própria população que adiciona muita carga no padrão de energia e não comunica a empresa”, reforçou.

ÁGUA

Além do centro da cidade, moradores de diversos bairros de Três Lagoas ficaram sem água por quase três horas, ontem, devido ao pico de energia que ocorreu em determinada região da cidade, e acabou afetando o sistema de bombeamento de água da Sanesul. Essa, no entanto, foi à terceira vez que o problema ocorre em menos de uma semana.

Segundo o engenheiro da Sanesul, Álvaro Ricardo Calábria, no último sábado também foi registrado um pico de energia, o que culminou no desligamento da bomba do sistema de abastecimento de água do Santa Luzia e Vila Piloto, deixando essas bairros sem água. Na segunda feira, um novo pico foi registrado em Três Lagoas, resultando no mesmo problema.

Ontem, por volta das 10h30, ocorreu mais um pico de energia, desta vez afetou duas bombas localizadas no Santa Terezinha, o que acarretou na falta de água nesse, e outros bairros da cidade que são abastecidos pelo sistema, como São Carlos, Guanabara, Vila Haro, entre outros. De acordo com o engenheiro da Sanesul, quem tem caixa d’água não sentiu tanto, mas quem não possui foram os mais prejudicados.

Segundo o especialista comercial da Elektro, Nilton Azambuja, pico de energia é comum, e isso pode ser ocasionado por diversos fatores, como quando um pássaro bate na rede, por exemplo. “O pico de energia é rápido e não chega a faltar energia”, ressaltou.

O problema da falta de água ocorre, porque a Sanesul tem que disponibilizar funcionários para ir ao local e ligar as bombas. E até que isso aconteça e o sistema volte a funcionar, leva um tempo para a água voltar a ser distribuída normalmente.