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Inadimplência

Calote no comércio de Três Lagoas é de R$ 9 milhões

Mais de 5,5 mil consumidores tiveram o nome negativado e 92 empresas estão com CNPJs negativados em Três Lagoas

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Os homens são 70% mais inadimplentes do que as mulheres. - Danielle Leduc/JPNEWS
Os homens são 70% mais inadimplentes do que as mulheres. - Danielle Leduc/JPNEWS

A inadimplência no comércio varejista de Três Lagoas aumentou no ano passado e trouxe para 2019 um rombo de R$ 9 milhões aos lojistas. Ao menos 1.800 boletos deixaram de ser pagos, em 2018 na cidade, o que levou 5.594 consumidores para o cadastro de devedores. Frente à estimativa de 2017, novos nomes entraram na lista, em um total que corresponde a 17,5% a mais. Além disso, 92 empresas estão inadimplentes e com CNPJs negativados.

O levantamento revela que a inadimplência ficou concentrada nas dívidas com valores que variam de R$ 50 até R$ 500. São 2.966 fregueses de lojas que não pagaram dívidas desta faixa. Mas, há compras mais caras que também não foram pagas. Outros 592 consumidores não pagaram carnês, boletos ou cheques de até R$ 1 mil; 173 deram calote em gastos de até R$ 2 mil e 199, de R$ 3 mil. 

Um detalhe interessante é que 300 consumidores estão com, pelo menos, três dívidas em atraso. 
Em 2017, a inadimplência atingiu 4.759 três-lagoenses. Naquele período, 2.563 pessoas decidiram limpar o nome.

Os dados revelam que apenas 2.549 consumidores que tiveram o nome negativado buscaram a recuperação de crédito ao longo dos 12 meses.

“O número é assustador e alarmante em nosso município. Uma série de fatores podem ter contribuído para o aumento no número de devedores e não podemos indicar um apenas. Porém, consideramos a crise política, econômica, cinco anos de recessão que o país enfrenta. Porém, também demonstra que existe uma perspectiva de melhora para o comércio local nesse ano”, avaliou o diretor do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), Marcelo Gonçalves, ligado à Associação Comercial.

PERFIL
De acordo com os registros cadastrais, os homens deixam mais de pagar compras feitas nas lojas da cidade, correspondendo a 70% do total de devedores. Nesse cenário, está o público masculino, com idade entre 25 e 50 anos. Os solteiros também possuem mais dívidas em aberto do que os casados, representando 2.401 pessoas. 

Confira a reportagem: