Acabar com alagamentos em ruas e avenidas de Três Lagoas é um dos desafios da administração municipal, com a construção de redes de captação de água de chuva. Para isso, o governo do prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) reenviou à Câmara pedido de autorização para contratar empréstimos que somam R$ 243 milhões. Dois projetos foram aprovados.
Projetos semelhantes foram enviados à Câmara em dezembro do ano passado e acabaram rejeitados por falta de informações, segundo vereadores. Desta vez, técnicos da prefeitura deram detalhes ao Legislativo, no início do mês, sobre valores, formas de pagamento e taxas de juros.
Um dos projetos prevê empréstimo de R$ 43,4 milhões na Caixa Econômica Federal por meio do Programa Avançar Cidades – Saneamento, com contrapartida de R$ 4 milhões da prefeitura. O placar da votação foi 16 vereadores a favor e um contra – Flodoaldo Moreno (Solidariedade).
O recurso, se liberado, será usado para macrodrenagem nas bacias dos córregos Japão e do Onça, e em redes coletoras dos bairros Imperial, Eldorado, Vila Haro, Santa Terezinha, Santos Dumont, São Carlos, Guanabara, Vila Carioca e São João. De acordo com o secretário, a negociação está “bem adiantada” com a Caixa e pode ocorrer a liberação até o final deste ano.
VENEZUELA
O segundo autoriza operação de crédito externo junto a CAF (Corporação Andina de Fomento), da Venezuela, com a garantia da União, no valor de US$ 50 milhões – cerca de R$ 200 milhões. A votação foi de 15 a 2, com votos contra de Renée Venâncio (PSD) e Flodoaldo Moreno.
Se sair, o dinheiro será usado em drenagem e asfalto nos bairros Vila Nova, Oiti, Acácia, Jardim Alvorada e na avenida Jary Mercante.
O prazo para pagamento de ambos é de 20 anos, com juro de 6% ao ano e carência de pagamento de quatro anos na Caixa. O juro da CAF é de 2,3% ao ano e carência de cinco anos, com previsão de comprometer 5% do orçamento anual do município até a quitação.
De acordo com a diretora de Planejamento, Juliana Bernardi Petek, a aprovação pela Câmara não significa a liberação dos recursos. “É preciso cumprir várias etapas”, disse. Adriano Barreto previu início de obras, com o recurso, para o final do primeiro semestre do ano que vem.