Cerca de 1.500 pessoas aguardam rescisão de contrato com a UFN III

Os cerca de 1.500 trabalhadores que foram demitidos pelo Consórcio UFN III na semana passada estão parados em Três Lagoas aguardando o pagamento da rescisão do contrato de trabalho.Amanhã, sexta-feira,expira o prazo estipulado pela empresa para efetuar o pagamento dos créditos trabalhistas. Nos últimos dias,intensificou o número de operários da construção civil dispensados pelo consórcio da UFN- 3 andando pelas ruas da cidade, enquanto aguardam o pagamento a que têm direito para retornar às suas cidades de origem.

O Jornal do Povo entrevistou vários trabalhadores que adiantaram que se não receberam na data combinada, vão fazer uma grande manifestação em Três Lagoas. Contradizendo o que o Consórcio divulgou em nota, os trabalhadores informaram que ainda existem muitos serviços na área da construção civil para ser executado e que as demissões não estão relacionadas com o término de uma das fases da obra.

De acordo com os operários, tem muito serviço de tubulação e de estrutura para ser executado, além da construção de um grande galpão. Os trabalhadores informaram que o Consórcio aguarda a chegada de equipamentos da China. “ Falta muito serviço para essa obra ser concluída, já que está muito atrasada”, disse um dos entrevistados.

Os trabalhadores informaram que foram surpreendidos coma a demissão, já que não esperavam por esta decisão da empresa. “Estávamos lá trabalhando, quando mandaram a gente parar e comunicaram que estávamos demitidos, ninguém esperava, até porque a obra não está na fase final de acabamento”, esclareceram os trabalhadores.

Segundo Nivaldo da Silva Moraes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil Pesada (Sintiespav), o Consórcio informou que as demissões teriam ocorrido em razão da necessidade de se reduzir custos, mas que para o início de 2015, vai contratar mais trabalhadores.Os que foram demitidos, inclusive, foram informados de que se quiserem poderão retornar no começo do ano que vem.

Ainda de acordo com o presidente do Sindicato, o Consórcio teria se comprometido em oferecer alimentação e alojamento para os trabalhadores que foram demitidos até o dia da rescisão contratual, marcada para esta sexta-feira.