O Consórcio UFN 3, até então responsável pela construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras, ainda não pagou cerca de 550 trabalhadores demitidos no começo deste mês de janeiro. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil Pesada (Sintiespav), José Cleonildo Dias, esses trabalhadores não receberam o salário referente ao mês de dezembro, nem as verbas rescisórias.
Um grupo de trabalhadores está programando, inclusive, uma mobilização para esta semana em razão da falta do pagamento. Esses trabalhadores foram os últimos demitidos pelo Consórcio, formado pelas empresas Galvão Engenharia e Sinopec. A demissão ocorreu após a Petrobras confirmar a rescisão de contrato com o Consórcio, em dezembro do ano passado.
Segundo o diretor do sindicato, a Justiça do trabalho já entrou com um novo pedido para bloquear mais uma quantia em dinheiro para pagar esses trabalhadores. Na ação que o Ministério Público do Trabalho havia movido contra o Consórcio e a Petrobras, a justiça conseguiu bloquear quase R$ 50 milhões para pagar os trabalhadores que foram demitidos no ano passado. Sobrou um valor na conta da justiça, mas não é suficiente para pagar todos os diretos desses trabalhadores demitidos por último. Por esse motivo, a juíza já solicitou o bloqueio de mais uma quantia. No entanto, o presidente não soube informar o valor, uma vez que o montante irá depender da soma da rescisão de contrato de cada trabalhador.
EMPRESÁRIOS
Além desses operários, os empresários de Três Lagoas ainda aguardam uma definição sobre o pagamento das dívidas deixadas pelo Consórcio. Ao todo, são 60 empresários que aguardam o pagamento de uma dívida que ultrapassa os R$ 20 milhões. A expectativa é que haja um acordo no dia 4 de fevereiro, quando a presidente da Petrorbas, Graça Foster, irá receber uma comitiva sul-mato-grossense composta pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja; da prefeita Márcia Moura, e do presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, Atílio D’Agosto.