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China proíbe venda de aves vivas no Sul por receio da gripe H7N9

Proibição também vai afetar supermercados e restaurantes

As autoridades da província chinesa de Cantão, no Sul da China, proibiram, por um período de um mês, a venda de aves vivas devido ao aumento de casos de contágio pelo novo tipo H7N9 da gripe aviária.

A proibição também vai afetar supermercados e restaurantes. Além disso, os funcionários vão supervisionar o abate e a entrega de aves, informa hoje, 18, o Diário de Cantão.

A medida preventiva foi tomada depois de terem sido identificados 50 casos de gripe aviária em 15 das 21 principais cidades da província chinesa.

Até o momento, mais de um terço (36%) das amostras recolhidas nos mercados que vendem aves vivas na província deram positivo ao tipo H7N9, que pode ser mortal para o ser humano.

Excepcionalmente, a venda de aves vivas será permitida na quinta-feira (19), devido à celebração do Ano Novo Lunar, a festividade mais importante para o povo chinês.

A compra de aves vivas para consumo é habitual, incluindo as grandes cidades do país, sobretudo no Sul, onde a galinha se apresenta como um prato tradicional nos jantares do Ano Novo Chinês.

“Não há banquete sem uma galinha. É um dever para os chineses comer galinhas recém-sacrificadas durante o Ano Novo Chinês, não só porque dá sorte mas também pelo sabor”, explicou Zhang Lihong, uma dona de casa chinesa. “Graças a Deus que amanhã não tenho que ir ao mercado porque os nossos parentes já compraram uma galinha que vamos matar antes do jantar”, acrescentou.

No ano passado, foram registrados 111 casos de contágio humano desse tipo da gripe aviária na China, dos quais pelo menos 20 resultaram em mortes. Contudo, não foi possível confirmar se as vítimas estiveram expostas a aves vivas portadoras do vírus ou se ocorreu um raro contágio entre pessoas.